A candidatura da Covilhã ao estatuto de Cidade Criativa da UNESCO em Design foi entregue esta semana, momento que representa o culminar de três anos de preparação, que contou com o forte contributo da Universidade da Beira Interior (UBI).

O dossiê foi entregue ao Secretariado Nacional na tarde do dia 15 de junho, com o município a referir que o presidente da Câmara Municipal, Vítor Pereira, recebeu “a nota da boa aceitação do documento”. A autarquia, em particular a vereadora Regina Gouveia e a equipa de Projeto da C3D UNESCO, manifesta “fortes expectativas” quanto à candidatura e agradece o contributo de todos os que ajudaram na criação de parcerias, na definição do Plano de Ação e na depuração do dossiê de candidatura.

“Sendo certo que a viagem não chegou ainda ao destino, seguimos com ânimo redobrado”, referiu o Diretor Executivo da C3D UNESCO, Francisco Paiva, docente da Faculdade de Artes e Letras da UBI.

Além de Francisco Paiva, a estrutura conta ainda com outros académicos responsáveis pelo mapeamento e curadoria de seis sectores: José Manuel Andrade Nunes Vicente (FAL) no “Design, Indústria e Artesanato”; Luísa Rita Brites Sanches Salvado (Faculdade de Engenharia) no “Design, Têxtil e Moda”; Ana Mónica Pereira Reis de Matos Romãozinho (FAL) no “Design, Cidade e Território”; Luís Carlos da Costa Nogueira (FAL) no “Design, Cultura e Artes”; Joana Casteleiro Alves Pitrez Ferreira (FAL) no “Design e Serviços Digitais”; e Catarina Isabel Grácio Moura (FAL) em “Educação para o Design e Cidadania”. Sónia Manuela Martins de Sá (FAL) é a responsável pela assessoria de Comunicação.

Já o Conselho Estratégico da Candidatura é presidido por Rui Miguel, docente do Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis.

Enquanto Cidade Criativa em Design, a autarquia refere que se pretende fomentar a colocação da cultura e da criatividade como valores ecossistémicos fundamentais para o desenvolvimento da Cidade e da Região; regenerar o património e valorizar os produtos endógenos, especialmente os ligados aos têxteis, mas estendendo o design a outros campos criativos; estabelecer uma “cultura de design” eficaz e intersectorial, que mude e reaja de forma holística às adversidades, como as alterações climáticas e demográficas; promover um ecossistema mais resiliente, inclusivo e sustentável, com rotinas de cocriação entre entidades locais e estrangeiras, especialmente com a Rede de Cidades Criativas e o Sul Global, a comunidade local e a diáspora; e alimentar os equipamentos existentes e o novo centro criativo na promoção da cultura contemporânea, da literacia digital e da educação através do design.