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(G)old sessions apelam à humanização hospitalar
Beatriz Jordão · quarta, 19 de maio de 2021 · A primeira das “(G)old Sessions”, conjunto se sessões promovido pelo Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior (MedUBI), realizou-se a 13 de maio, na plataforma ‘Google Meet’. |
fonte: Página de Facebook do MedUBI |
21981 visitas O webinar teve como foco a importância da humanização hospitalar e contou com Jorge Rosado como orador, que adota a figura de Dr. Risotto na missão “Palhaços D’opital”. Mariana Santos, vogal do Departamento de Saúde, Bem-estar e Ação Comunitária do MedUBI revela que “as (G)old Sessions têm como grande destaque os idosos, que são um grupo de pessoas mais vulneráveis». A primeira sessão surgiu por se tratar de «um tema que fica completamente colocado de parte e por as pessoas tenderem a ter a ideia, um pouco errada, de que os palhaços são só para as crianças». O objetivo da sessão foi «desconstruir esse mito que existe», esclarece Mariana. A sessão contou com um total de 32 participantes. Inês Lopes, Coordenadora do Departamento, realça que «este tipo de acréscimos extracurriculares na formação dos estudantes de Medicina é sempre importante, não para o currículo, mas para sermos as melhores pessoas e médicos que conseguirmos», para além de «poderem ouvir a experiência de alguém que, mesmo não sendo profissional de saúde, está em campo e trabalha com os doentes, para tornar uma fase em que estão mais vulneráveis um bocadinho melhor». Inês afirma que o Mestrado Integrado em Medicina na UBI trabalha a questão da humanização dos cuidados médicos através de aulas de empatia e de como comunicar melhor com um doente. Contudo, estão em causa «conceitos muito abstratos que na prática não são assim tão fáceis de aplicar». «Por vezes, há falta de formação em soft skills no nosso currículo médico e tendo em conta que os idosos, especialmente aqui na Covilhã, vão ser o grupo primordial e alvo da nossa prática enquanto profissionais de saúde, consideramos que é extremamente relevante ganhar outras competências para lidar com a população que vai ser aquela com quem vamos trabalhar no futuro», explica Bernardo Marques, vogal do Departamento. Durante o evento, Jorge Rosado deu a conhecer o trabalho que desenvolve na “Palhaços d’Opital” e foram também abordadas algumas das ferramentas que os profissionais de saúde podem aplicar e que contribuem para melhorar o contacto com os doentes, como ouvir música, ou a integração nas formações de que o projeto dispõe. “Nem tudo se baseia nos livros e nem tudo é apenas teoria, também na prática temos de aplicar muitas outras ferramentas”, realça Mariana Santos. A “Palhaços d’Opital” foi pioneira na Europa a levar o trabalho dos Doutores Palhaço a adultos, sobretudo a idosos, em ambiente hospitalar. Relativamente à parceria com o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, Bernardo Marques considera que «faria todo o sentido, tendo em conta a faixa etária da Covilhã» e acrescenta ainda que «talvez fosse uma mais-valia, mas, como em todo o tipo de projetos, o interior tem sempre algumas dificuldades logísticas um pouco difíceis de ultrapassar». Para as próximas “(G)old Sessions”, os elementos do núcleo têm «algumas ideias ao nível de formação com idosos, por exemplo, mesas redondas com projetos dirigidos aos idosos», que esperam concretizar presencialmente na segunda parte do mandato, visto que «no contexto que vivemos, a proximidade com a comunidade não é fácil». |
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