A iniciativa “À Procura do Seu Palhaço Interior” tem como principal objetivo desenvolver nos participantes “a arte de fazer sorrir”. Estes percorrem uma viagem à descoberta da sua própria humanidade, e o que caracteriza tanto a sua realidade pessoal como o seu imaginário, o tal “palhaço interior” que buscam. O workshop, que teve um custo simbólico de 1 euro, foi dinamizado pelo Dr. Mark Mekelburg, um dos fundadores da Operação Nariz Vermelho em Portugal, e contou com duas sessões.

Renato Martins, Coordenador do Departamento de Educação para a Saúde, realçou a necessidade de se realizar este tipo de iniciativas na universidade. “Este é um workshop organizado pela Operação Nariz Vermelho e realiza-se em quase todas as universidades com o curso de Medicina do nosso país. Na nossa faculdade já tinha ocorrido em anos anteriores, e como a iniciativa tem uma boa adesão e o feedback dos estudantes é sempre muito positivo, o departamento decidiu que se deveria voltar a realizar, até porque todos os anos recebemos novos alunos. Não estranho que este workshop seja tão dinâmico e enriquecedor, pois o Dr. Mark é muito engraçado e transmite conhecimentos que todas as pessoas que participam não se esquecem deles.”

Devido à atual situação pandémica que vivemos, o workshop decorreu de acordo com as medidas recomendadas pela DGS. “Este foi o primeiro workshop que se realizou pós-pandemia. O Dr. Mark e a Operação Nariz Vermelho analisaram o que poderiam ou não fazer. Por este motivo, os exercícios foram feitos cumprindo a distância de segurança, todos os participantes usaram máscara e desinfetaram as mãos à entrada. A iniciativa em relação aos anos anteriores perdeu um bocadinho, uma vez que não foi possível por exemplo, os participantes colocarem um nariz vermelho, mas ainda assim superou as minhas próprias expectativas”, explica Renato Martins.

Durante a sessão foram abordadas temáticas que contribuem para o futuro dos estudantes. “Este workshop foca-se essencialmente na comunicação, procurando o nosso palhaço interior, mas não só. O Dr. Mark para além de ter abordado vários temas de comunicação, deu-nos algumas ferramentas essenciais para brincarmos com as pessoas no nosso dia-a-dia, e para em situações mais difíceis ou formais conseguirmos trazer o lado mais divertido e palhaço. Os seus ensinamentos permitem-nos abrir horizontes, sendo uma experiência fantástica para todos os participantes”, refere Margarida Ornelas, Coordenadora Geral do Hospital Faz de Conta.

Segundo Joana Afonso, Coordenadora do Departamento de Decoração e Imagem, a divulgação teve um papel fundamental para o sucesso da iniciativa. “Tentamos traçar uma estratégia de divulgação que permitisse atingirmos o máximo de pessoas, até porque este workshop já não se realizava há algum tempo e queríamos que tivesse sucesso. Para esse efeito usamos principalmente as nossas redes sociais, não só o Instagram como o Facebook. Divulgamos ainda junto dos nossos colaboradores, e partilhamos imagens de edições anteriores, o que permitiu que as pessoas percebessem a oportunidade que não poderiam perder e as grandes vantagens que teriam em participar numa atividade presencial tão lúdica e enriquecedora.”

Os participantes da iniciativa tiveram diferentes motivos para estarem presentes, mas na sua maioria todos adquiriram conhecimentos essenciais para o seu futuro profissional. “Este ano o feedback das pessoas foi excelente, elas adoraram. Várias pessoas mencionaram que precisaram ter este workshop para conseguirem voltar a despertar o que os motivou a quererem ser médicos. Esta sessão deu-nos ensinamentos para festejarmos as pequenas batalhas do nosso dia-a-dia, para não desistirmos, para procurarmos sempre ter a certeza que as outras pessoas estão confortáveis connosco, e que as palavras que dizemos não magoam ninguém. Foram ensinamentos fundamentais que parecem básicos, mas as pessoas esquecem-se facilmente deles. O orador contou ainda a sua experiência e encorajou os participantes a continuarem a estudar e prosseguirem os seus sonhos. Precisamos por vezes deste tipo de workshop que procura o nosso palhaço interior para nos encontrarmos de novo”, afirma Renato.

Daniela Nóbrega, Coordenadora do Departamento das Escolas do Hospital Faz de Conta reforçou os benefícios da iniciativa. “Não consegui estar presente na iniciativa, mas consegui ajudar na divulgação, de forma a conseguirmos obter o máximo de participantes possíveis, pois esta é sem dúvida uma ótima iniciativa. O feedback que tive foi excelente, existiu uma rapariga que estava a ter um mau dia e saiu muito mais feliz. Este é um objetivo cumprido. Para além disso, as pessoas que se inscreveram adquiriram mais formação, tanto a nível da pediatria, como dos aspetos essenciais da vida humana.”

O Hospital Faz de Conta tem como principais finalidades desmistificar perante as crianças o medo da bata branca, e realizar iniciativas que promovam a formação dos estudantes. Para além deste workshop que permitiu aos participantes criarem laços fortes entre si, e deixarem cair a sua máscara menos divertida, está prevista a realização de outros eventos com a mesma dimensão.