A inauguração do busto dedicado a Cândido Manuel Passos Morgado, no Claustro da Reitoria (Convento de Santo António) marcou as comemorações do 35.º aniversário da UBI, num momento de enorme simbolismo, que contou com a presença de todos os reitores da instituição até ao momento - Cândido Passos Morgado, Manuel Santos Silva, João Queiroz e António Fidalgo - e do Reitor eleito, Mário Raposo.

António Fidalgo sintetizou este tributo como uma “homenagem ao Prof. Passos Morgado” e ao “símbolo do fundamento sólido em que esta universidade se ergue, a cultura da dedicação ao serviço público”. O atual Reitor da UBI lembrou que “foi durante o seu mandato que a universidade ganhou os contornos que a caracterizam e ainda a definem hoje”. Reitor entre 1979 e 1996, Passos Morgado contribuiu para “a orgânica, os primeiros estatutos, a disseminação em polos, a aquisição deste convento em ruínas e sua conversão em reitoria, inaugurada em setembro de 1995, lançaram os fundamentos da universidade” e “mais importante do que tudo isso, foi a criação do espírito ubiano, de uma cultura de serviço público que ainda perdura e que tanto nos beneficia”.

Quanto ao homenageado, Passos Morgado não tem dúvidas: “a UBI está a evoluir no sentido em que eu, na realidade, tinha sonhado. Fui eu que comprei este mosteiro (edifício da Reitoria), tenho vindo cá várias vezes, o professor Fidalgo mostra-me sempre como as coisas estão a evoluir e, na realidade, muito nos orgulha por termos uma universidade com esta dimensão e esta beleza toda”.

O Reitor Emérito confessa, no entanto, que o processo de criação de uma universidade no interior do país não foi fácil. “Quando se falava numa universidade na Covilhã, no interior e numa cidade relativamente pequena, as pessoas perguntavam se isso teria cabimento, se seria viável, se seria uma boa medida, e tinham um certo receio que outras cidades começassem a pedir também universidades e não teria fim. Mas com o tempo as pessoas reconheceram que a UBI tem progredido bastante”, sublinha.

Seguiu-se a visita ao retrato de António Fidalgo, na Sala do Senado.