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Docente da UBI lança livro sobre a história do Cinema português
Ângelo Oliveira · quarta, 7 de abril de 2021 · UBI “Portuguese Cinema (1960-2010): consumption, circulation and commerce” é o título da obra de André Graça, professor de Cinema na Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior (UBI) e investigador do LabCom. O livro, publicado pela editora Boydell and Brewer, conta a história do Cinema português a partir do Novo Cinema, em 1960, até ao culminar da crise económica, em 2010. A publicação terá lançamento oficial no dia 21 de maio de 2021 e já se encontra disponível para pré- encomenda. |
Capa da obra “Portuguese Cinema (1960-2010): consumption, circulation and commerce”. |
22027 visitas Licenciado em Estudos Artísticos pela Universidade de Coimbra e Mestre e Doutorado em Film Studies pela University College London, o docente da UBI explica que a sua formação no Reino Unido lhe deu “a capacidade de uma abrangência muito mais internacional a nível da indústria do Cinema”. Foi durante a sua estadia em Inglaterra que André Graça questionou “o que se passa para que o Cinema português tenha, desde sempre, exatamente o mesmo discurso?”. O objetivo inicial do autor era “escrever um livro sobre a história do Cinema português”, pois considera que “não existem” muitas obras sobre o tema. André Graça justifica o facto de o livro ser escrito em inglês, uma vez que “faz sentido divulgar” o trabalho realizado em Portugal no mercado internacional. A parte mais inovadora da obra é “o facto de existir uma compilação de investigações muito recentes sobre o Cinema português durante a época de 1960 e 2010”, através da qual o autor tenta “compreender as razões que determinaram as diferentes etapas do consumo, da circulação e do comércio” da sétima arte portuguesa. O livro apresenta igualmente “uma série de estatísticas que acabam por trazer uma nova luz sobre diversos aspetos do Cinema português”. “Apesar dos grandes problemas e carências, há pessoas que, efetivamente, persistem e fazem o Cinema português acontecer” é a mensagem principal que André Graça espera que o seu livro transmita. “É preciso reconhecer o mérito, a perseverança e a paixão das pessoas que «vestem a camisola» pela sétima arte”, explica. No futuro, o autor acredita que a sua obra possa contribuir para analisar o Cinema “de uma forma mais completa”. Na opinião de André Graça, o Cinema português “funciona muito por impulsos, ou seja, tem épocas onde está mais parado e depois dá saltos significativos”. O docente da UBI interpreta estes «saltos» como uma viragem da própria sétima arte, incluindo “alterações estéticas”, o “surgimento de jovens cineastas com novas propostas e abordagens” e ainda mudanças “nos modos de produção”. |
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