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Projeto SPRING realiza primeiro seminário nacional
Rui Silva · quarta, 24 de mar?o de 2021 · O primeiro seminário nacional do projeto SPRING, sobre os problemas que as empresas familiares enfrentam, decorreu no dia 18 de Março. A sessão, que começou às 17h00, decorreu inteiramente em regime online. |
Evento decorreu no passado dia 18 de março |
22000 visitas Este seminário teve como moderadora a professora da Universidade da Beira Interior Arminda do Paço, e como oradores convidados Jorge Vaz e José Alvarenga. Arminda do Paço começou por explicar a realidade das empresas familiares e a sua difícil sucessão. Isto porque apenas 30% das empresas familiares europeias transitam para a segunda geração, e só 12% transitam para a terceira geração. Uma das causas deste fenómeno é o facto de 43% das empresas familiares europeias não apresentarem um plano de sucessão. A intervenção de Jorge Vaz centrou-se nas obrigações das empresas familiares e nas alterações feitas pela covid-19, tendo apresentado os programas de apoio existentes. Já a comunicação de José Alvarenga teve como tema principal “as medidas sobre a recuperação extrajudicial de empresas: assegurar a continuidade do negócio” e focou-se nos processos judiciais e no regime extrajudicial; na razão pela qual as empresas falham, como evitar que isso aconteça e também em “como recuperar as empresas”. Edgar Nave, um dos membros do projeto SPRING, explicou que “é um projeto de dimensão europeia, financiado pelo programa Erasmus, que começou em janeiro de 2019 e terminará em dezembro de 2021. É formado por onze parceiros europeus, de nove países, e tem como líder a universidade de Palermo, em Itália, sendo a UBI a única universidade portuguesa no projeto”. O principal objetivo do programa é “a capacitação das empresas familiares, sendo o evento central o desenho de um programa de training focado nas áreas da sucessão, crescimento, internacionalização, governação familiar e dinâmicas intergeracionais”. Pretendem ainda “sensibilizar os empresários e os membros das empresas familiares para a importância do desenvolvimento de um plano de sucessão”. Para apresentar o “training” foi necessário fazer “focus group e entrevistas com empresas familiares dos nove países envolvidos, para percebermos quais é que são as realidades a nível de necessidades formativas e quais são os principais problemas que essas empresas enfrentam”. Este projeto teve de ser adaptado por causa da realidade da pandemia atual, e por isso Edgar Nave conta que “estavam previstos 12 módulos, que iam ser lecionados em simultâneo com os outros países, mas não foi possível a realização de todos” foi necessário “cortar alguns deles, outros foram fundidos, e também a nível de horas o programa sofreu uma redução.” Edgar Nave refere ainda as perspetivas e objetivos para o final do projeto, que se encontra algo incerto. “Está previsto um programa de mobilidade entre empresas familiares, onde íamos convidar algumas empresas que participaram neste projeto a nível nacional para fazer uma visita a empresas familiares de outros países que também tenham participado, para se conhecerem e trocarem um pouco da sua experiência”, algo que não se sabe se ainda vai acontecer devido à pandemia. |
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