Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
"Dediquem-se à profissão com rigor, ética e deontologia"
Rafael Mangana · quarta, 27 de janeiro de 2021 · @@y8Xxv A Psicologia era uma paixão antiga e sendo natural da Covilhã, a UBI foi a escolha de Filipa Moura Nicolau. Tendo-se especializado nas áreas de Neuropsicologia e Psicogerontologia, integra desde 2013 a equipa técnica de uma residência sénior do concelho da Covilhã. |
Filipa Moura Nicolau |
22041 visitas Urbi et Orbi: Porquê Psicologia e porquê na UBI: Filipa Moura Nicolau: Na Psicologia encontrei o equilíbrio entre as áreas da minha preferência. Sempre tive gosto pelas ciências naturais e paixão pelas ciências humanas, e descobri na Psicologia a perfeita simbiose. O interesse pela saúde e comportamento humano, clarificaram esta escolha. A UBI foi a primeira opção, a escolha natural de quem cresceu a acompanhar o desenvolvimento da Universidade, bem como o seu contributo para a cidade da Covilhã.
U@O: Continuando na área da Psicologia, que impacto direto nas pessoas pode ter a situação que vivemos de pandemia? FMN: O impacto psicológico da pandemia é uma problemática estabelecida à qual deve ser dada destaque. Estima-se que pelo menos metade da população portuguesa esteja psicologicamente afetada pela Covid-19. E é preciso refletir sobre as implicações que trará no presente e no futuro, para crianças, adultos e idosos, e planear intervenções adequadas. É fundamental continuar a missão de normalizar a saúde mental, e sensibilizar profissionais e a população em geral, para a sua importância. E para quem sentir que precisa de ajuda, não se inibir de a procurar.
U@O: Voltando agora à UBI, o que recorda dos tempos de estudante? FMN: Recordo a força do ambiente académico, do espírito ubiano, e em especial a emoção da primeira vez que se veste o traje e se assiste à serenata. É um impacto curioso e positivo, por todas as experiências inerentes à vida académica, descobrir uma nova perspetiva da minha cidade. Após uma experiência no exterior, ao abrigo do programa Erasmus (oportunidade que recomendo, tendo sido marcante e enriquecedora), valorizei ainda mais ser estudante na UBI. A experiência no Departamento de Psicologia da UBI, destaca-se pelo detalhe de os professores saberem o nosso nome, a facilidade com que nos recebem para esclarecer dúvidas e a disponibilidade que se prolongou para além do percurso académico. Permanece uma grande estima e admiração pelos docentes do Departamento.
U@O: É muito diferente a perceção da Covilhã de uma covilhanense "comum" e de uma covilhanense UBIana? FMN: Creio que é diferente pela forma como nos sentimos inseridos na comunidade. Por um lado, acabamos por ser uma espécie de embaixadores no apoio à integração de colegas que vêm de fora, ajudando-os a adaptarem-se à cidade. Por outro, e esta é uma opinião muito pessoal, acabei por sentir que o processo de transição do ensino secundário para o ensino superior decorreu de forma mais suave.
U@O: A nível profissional, como tem sido o seu percurso desde que saiu da UBI até agora? FMN: Após terminar a Licenciatura e o Mestrado na UBI, trabalhei como investigadora e formadora. Especializei-me nas áreas de Neuropsicologia e Psicogerontologia, realizado cursos e pós-graduações em Lisboa, cidade onde trabalhei durante um ano, na Clínica de Neurociências do Centro Clínico do SAMS. Desde 2013, integro a equipa técnica da Residência Sénior Don António, entidade de excelência e referência na prestação de cuidados a idosos, no concelho da Covilhã, continuando a colaborar com o Departamento de Psicologia da UBI na supervisão de estágios curriculares.
U@O: Que conselhos deixaria a um aluno atual da UBI para vingar nesta área? FMN: Durante o curso, tirem o maior partido dos ensinamentos que os docentes têm para transmitir. Sejam persistentes e curiosos. Vão além do programa curricular, procurem desenvolver os vossos interesses. Conforme vão adquirindo conhecimento teórico, reflitam sobre as implicações práticas. Procurem oportunidades de estágios de observação. Aproveitem ao máximo o ano de estágio curricular. Este é um ano-chave, um ponto de viragem, em que devem criar oportunidades de aprendizagem, desenvolver habilidades técnicas e interpessoais. Observem e moldem a atitude profissional. Adquiram e ponham em prática competências de avaliação e intervenção. Pesquisem, e se o local de estágio abrir essa possibilidade, não se limitem ao plano de estágio, mostrem iniciativa e sejam criativos. E terminado o curso, continuem a estudar e a atualizar conhecimento. Mantenham-se disponíveis para o trabalho interdisciplinar. Dediquem-se à profissão com rigor, ética e deontologia.
Nome: Filipa Moura Nicolau Naturalidade: Covilhã Curso: Psicologia Ano de entrada na UBI: 2005 Filme preferido: "A Dama de Ferro" e "Singin' in the rain" Livro Preferido: “Crónicas de Uma Pequena Ilha”, de Bill Bryson e “A Triologia Involuntária” de Isabel Allende Hobbies: Música, dança, leitura, cinema. |
Palavras-chave/Tags:
Artigos relacionados:
GeoURBI:
|