Se por um lado a pandemia parece ter dado uma pausa no mundo e feito com que muitas pessoas repensassem hábitos, por outro ela é responsável pelo impulsionamento de alguns processos já presentes nas nossas rotinas. De uma hora para outra, fomos obrigados a passar do real para o virtual e o consumo digital, que já era uma tendência, passou a ser, em grande parte dos casos, a única opção.

Esse avanço repentinamente acelerado do mundo digital, fez com que as atenções se voltassem, ainda mais, para a área do Marketing. Ele, que já tem importância garantida nas atividades empresariais, ganhou mais fôlego com as necessidades atuais e parece que as mudanças vieram para ficar.

Foi pensando nessas atualizações do mercado que a segunda edição do Jornadas Meg UBI promoveu um workshop dedicado ao Marketing Digital. A “aula online” fez parte de uma série de debates com foco nas áreas de Marketing, Economia e Gestão. Ministrada pelo consultor e formador de Marketing Digital, Rui Pedro Basto. Cerca de 60 pessoas participaram da iniciativa.

Apesar do encontro à distância, o resultado da atividade surpreendeu o palestrante. “Correu muito melhor do que eu estava à espera. As pessoas participaram bastante mais”. De acordo com Rui, o fato dos participantes aderirem à câmera ajudou bastante no processo de interação e desenvolvimento do debate.

Para Rui Basto a pandemia trouxe uma outra visão para o Marketing Digital, acelerou processos que antes eram óbvios para os profissionais da área, mas não tão claros paras as empresas. Um exemplo é o do e-commerce, que muitos já sabiam ser o futuro das vendas, mas que só foi aceite quando, com o lockdown, se tornou a única saída. “Deixou de ser uma coisa adicional, um plus e passou a ser uma coisa obrigatória. O digital deixou de ser os vidros elétricos dos carros”, diz consultor, usando a referência para explicar que o Marketing Digital deixou de ser supérfluo.

Além da importância da comunicação digital para o sucesso dos negócios, os avanços das plataformas, o boom das redes sociais e o surpreendente sucesso do Tik Tok, a discussão também abordou um tema relevante para os jovens universitários: o mercado de trabalho. “O mercado de trabalho mudou radicalmente; nas grandes companhias estão repensando a avaliação que faziam de cada colaborador”. Um exemplo disso é experiência do teletrabalho durante a pandemia que, para muitas pessoas, não foi uma tarefa tão fácil. Para Rui Basto, esta dificuldade está relacionada à falta de desenvolvimento de soft skills, como o uso de ferramentas de gerenciamento de projetos colaborativas e até de plataformas de videoconferência como método de trabalho.  “Estes tipos de coisas que são super úteis, e são fatores muito diferenciadores em termos de produtividade, têm sido negligenciadas”.

A iniciativa em ações inovadoras também aparece como fator importante para quem procura fazer a diferença na área profissional. “Acredito que as coisas evoluirão mais no sentido de projetos, na capacidade descobrir coisas novas, de inovar, do que estarmos aqui presos. Aqueles que conseguirem pensar diferente terão mais oportunidades, assim como os colaboradores ‘in house’”, completou o consultor.