A sessão visava promover a discussão dos resultados com os agentes culturais da região presentes. Vítor Amaral, vice-presidente da Câmara Municipal da Guarda ressalta a importância da presença dos agentes, pois “são eles que têm que gerar esse contributo mais amplo da experiência que têm no terreno, relativamente à relação com os públicos e às obras artísticas” acrescentando que “esse contributo é importante para o dossier que vamos submeter no final de 2021 à iniciativa da União Europeia”.

Uma das principais conclusões do inquérito realizado pela consultora INOVA+, a Universidade da Beira Interior e a Comissão Executiva da Guarda2027, foi a importância de ligar a economia à cultura, “numa região onde os habitantes valorizam o bem-estar e a tradição”, segundo o site da candidatura Guarda2027. Do estudo feito à população, também se conclui que a programação cultural deve ser abrangente, dirigindo-se a todos os públicos e que a coesão e mobilidade entre os concelhos devem ser aspetos a ter em mente na uniformização do acesso à cultura.

Nuno Amaral Jerónimo, docente na Universidade da Beira Interior e membro da equipa de investigação do inquérito, admite que “estas iniciativas estão também a promover que se faça um diagnóstico bastante alargado do que é a cultura na região”, esperando que no fim “se possa fazer um retrato aprofundado” desse setor na Beira Interior.

Vítor Amaral defende que estes encontros servem, também, para “desenhar um caderno de futuro que abrirá portas para uma orientação sobre o que pode ser cultura nesta região unindo-a para o desejo de estarmos a criar um caminho que, só por si, é extremamente rico”.

O debate “Empreendedorismo e novas tecnologias da cultura” está integrado no ciclo de conversas sobre cultura promovido pela candidatura da Guarda à Capital Europeia da Cultura, e é o primeiro de quatro encontros. As próximas conversas terão lugar em Gouveia (12 de novembro), Figueira de Castelo Rodrigo (26 de novembro) e Guarda (10 de dezembro).