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"Somos mais do que um número"
Inês Salvador · quarta, 28 de outubro de 2020 · @@y8Xxv O movimento “Académicas” lançou, este mês, uma nova campanha intitulada “Somos mais que um número”. O objectivo deste manifesto é revindicar o aumento do financiamento para o Ensino Superior no Orçamento de Estado dos próximos anos. |
Cartaz com uma das reivindicações do movimento Fonte: Página de Facebook do "Académicas" |
21990 visitas O manifesto “Somos mais do que um número” surge como provocação àquelas que são as preocupações apontadas pelo Governo e pela tutela do Ensino Superior relativamente ao mundo universitário. Nos últimos meses, foram divulgados vários números pelo Governo como o recorde de alunos a entrar, este ano, no Ensino Superior (51 mil estudantes) e o aumento do número de camas disponíveis para os estudantes universitários (mais 4500 que no ano passado) porém, Ricardo Nora, presidente da AAUBI, reitera que “esses números de que o nosso governo e a nossa tutela falam não correspondem à realidade e, por isso, temos de mostrar que somos mais que um número”. O manifesto ocorre, em grande parte, nas redes sociais do movimento, das associações académicas e dos estudantes. Ao longo das semanas são lançadas várias frases com reivindicações relativas ao custo associado à ida de um estudante para a universidade, ao programa de alojamento, às bolsas de estudo e aos transportes, entre outras. Do manifesto vai fazer parte uma campanha, em dia a designar, onde os estudantes universitários serão desafiados a colocar as capas do seu traje nas janelas como sinal de apoio a este movimento e à mudança das condições no Ensino Superior. A Associação Académica da Universidade da Beira Interior, AAUBI, aderiu desde início a esta iniciativa. A AAUBI revê-se nas bandeiras do “Académicas” em questões cruciais como o maior financiamento no Ensino Superior e a descentralização do investimento nas áreas metropolitanas. O movimento “Académicas” surgiu com o objetivo de “ajudar a superar alguns desafios que interpelavam o Ensino Superior e que se agravaram devido à pandemia”. Segundo Ricardo Nora, presidente da AAUBI, a máxima deste movimento é “encontrar soluções para os problemas das instituições universitárias e dos seus estudantes” e “auxiliar o Governo a travar flagelos que estão a ocorrer no Ensino Superior”. Do “Académicas” fazem parte as associações académicas de oito universidades portuguesas. No que diz respeito à UBI destacam-se problemas como “o subfinanciamento crónico da instituição e a falta de contemplação da universidade nos programas de alojamentos até ao final da legislatura”. |
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