O papel das mulheres operárias na indústria dos lanifícios é o tema de um projeto que está a ser desenvolvido pelos finalistas da licenciatura de Ciências da Cultura da Universidade da Beira Interior (UBI), que vai poder ser apreciado pela comunidade, em junho. Com a designação “Elas ao Som da Fábrica” (#ElasAoSomDaFábrica), a iniciativa pretende resgatar memórias materiais e imateriais das mulheres envolvidas naquela que foi a atividade industrial mais significativa da região que circunda a Serra da Estrela.

O “Elas ao Som da Fábrica” foi, inicialmente, pensado em formato presencial e foi agora adaptado para plataformas digitais, mantendo a essência original de dar ênfase ao papel desempenhado pela mulher operária, na indústria de lanifícios, essencialmente no período da diáspora.

O resultado da investigação vai ser dado a conhecer durante três dias (entre 5 e 7 de junho, sempre às 18h00, no Facebook), através de conteúdos de música, pintura, dança e cinema. As apresentações incluem testemunhos reais das protagonistas e um espaço para que o público possa dar o seu contributo artístico através do concurso “A mulher e a fábrica”, terminando com uma performance musical.

A atividade arranca com apresentação do 'teaser' do projeto. Seguem-se um áudio de operárias, uma performance, um momento de dança e visionamento de curtas-metragens e de trabalhos das realizadoras Vanessa Duarte e Luísa Soares. No segundo dia as propostas são um áudio de operárias, visionamento de um 'making-of' dos artistas e a apresentação de um momento musical com as Cantadeiras da Casa do Povo do Paul. No último dia, além de outro áudio com as operárias, será apresentado um momento musical.

Este projeto é desenvolvido em articulação com a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027, em parceria com o Museu dos Lanifícios e a CooLabora.