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Docente da UBI vence Prémio João Lobo Antunes em Bioética
Urbi · quarta, 13 de maio de 2020 · @@y8Xxv Francisco Goiana da Silva viu premiado pelo Ministério da Saúde o trabalho “Desinformação e Saúde: uma perspetiva bioética”. |
Francisco Goiana da Silva é assistente convidado no Departamento de Ciências Médicas da FCS da UBI |
21969 visitas Francisco Goiana da Silva, docente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI), venceu a edição deste ano do Prémio João Lobo Antunes em Bioética. A distinção é promovida pelo Ministério da Saúde para destacar estudos e trabalhos de investigação, originais e inovadores, em temas de ética, nos domínios da medicina, saúde pública, saúde em geral, biologia e ciências da vida. O prémio foi atribuído pelo trabalho intitulado “Desinformação e Saúde: uma perspetiva bioética”, que Francisco Goiana da Silva assina juntamente com João Marecos, advogado e cocriador da página “Os Truques da Imprensa Portuguesa” (2015), um projeto de referência na área da desinformação em Portugal, que tem mais de 200 mil seguidores. Os autores contaram ainda com a colaboração de Oliver Bartlett, professor universitário na área da ética, na Universidade de Maynoth. O estudo, desenvolvido antes da escalada global do coronavírus, chama a atenção para os efeitos nefastos da má informação sobre saúde, espalhada quer por media tradicionais, websites e publicações de variedades, quer pela nova vaga de “influencers”, e para os perigos decorrentes de uma nova forma de obter informação sobre saúde. “Os meses que se seguiram à apresentação do trabalho vieram comprovar a tese avançada, com relatos de informação falsa, relacionada com as origens, os efeitos e os tratamentos relacionados com este surto de coronavírus, a circular em massa e a comprometer não só iniciativas de saúde pública, mas também a saúde individual de cada leitor”, salienta Francisco Goiana da Silva, em comunicado, onde acrescenta: “Este artigo pretende ser um ponto de partida para uma discussão e plano de ação mais alargados: é necessário agir, desde a recolha de evidência científica até à construção de políticas governamentais, esquemas de autorregulação da indústria e iniciativas da sociedade civil; muitas iniciativas podem e devem ser tomadas para desvendar os custos ocultos da desinformação: começando pelo impacto desigual deste fenómeno nas populações mais pobres, cujos níveis de alfabetização são consistentemente mais baixos, e acabando com a ameaça global à sociedade de informação em que vivemos”. Com base neste trabalho, Francisco Goiana da Silva e João Marecos vão, nas próximas semanas, iniciar uma colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de ferramentas de combate à desinformação em saúde. O júri do Prémio João Lobo Antunes em Bioética, presidido por Maria de Belém Roseira, e constituído por personalidades como Jorge Soares (Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida), Paula Martinho da Silva, Fernando de Jesus Regateiro e Walter Friedrich Alfred Osswald, deliberou a distinção por unanimidade dada a qualidade e pertinência do tema do trabalho premiado. |
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