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Re/media.Lab promove campanha contra fake news
Rafael Mangana · quarta, 1 de abril de 2020 · @@y8Xxv Ação, que passa por divulgar um conjunto de hashtags contra a desinformação em torno da Covid-19, já suscitou interesse por parte de alguns meios de comunicação. |
Ideias fortes desenvolvidas no âmbito do projeto podem ser livremente utilizadas |
21989 visitas Numa altura em que muito se tem escrito e muito se tem espalhado sobre a Covid-19, o projeto Re/media.Lab – Laboratório e Incubadora de Media Regionais da Universidade da Beira Interior está a desenvolver uma campanha contra as notícias falsas (fake news) e desinformação sobre o tema que marca atualmente a agenda mediática. “É uma problemática actual e que tem mobilizado conferências e estudos. Com isso tem crescido o reconhecimento da necessidade de promover as literacias mediática, digital e para as notícias. Entretanto, surge o coronavírus. Rapidamente passámos de epidemia a pandemia e ao isolamento social. Com ele a maior presença das pessoas online, nomeadamente nas redes sociais”, explica Pedro Jerónimo, investigador do projeto. “Percebemos que começavam a circular boatos, diferentes interpretações de dados e outros conteúdos alarmistas. A novidade para nós foi o WhatsApp. Para nós e em Portugal. Até agora não tínhamos assistido a fenómenos mais ou menos massificados de conteúdos desinformativos em formato áudio. Foi o que começou a acontecer no WhatsApp, com supostos enfermeiros e médicos com depoimentos alarmistas. Esta percepção que fomos tendo, acabaria por ser confirmada num relatório dos nossos colegas do ISCTE, que estudaram precisamente este tipo de conteúdos. Perante isto, entendemos que o Re/media.Lab podia fazer alguma coisa”, justifica o investigador. A iniciativa passa por divulgar um conjunto de ideias em forma de hashtags fáceis de memorizar para consciencializar os meios de comunicação e o público em geral para a questão da desinformação, que neste caso tem ganho maior importância pela gravidade do tema. “O resultado final são cinco ideias adaptadas a vários tipos de publicação para Facebook, Instagram e Twitter. Todos estes conteúdos são de utilização livre. Também os cedemos, com melhor qualidade, a quem quiser, sendo que damos preferência aos media regionais”, explica. A ação já suscitou “muito interesse” por parte de alguns meios de comunicação, não só porque vemos os conteúdos desta campanha partilhados sobretudo pelos media regionais, mas também porque alguns destes, nomeadamente jornais, nos têm solicitado os conteúdos para publicação nas suas edições impressas”, revela Pedro Jerónimo. “Esta adesão tem ido além do que esperávamos. Temos utilizadores, a título individual, a utilizar as imagens produzidas como capa dos seus perfis no Facebook. Também tivemos um caso curioso, por estes dias, de uma professora que nos solicitou todo o material, porque está a trabalhar com os alunos precisamente o tema das ‘fake news’”. “O que realmente interessa, a curto e médio prazo, é que os utilizadores em geral tomem consciência deste problema e sobretudo pensem duas vezes (ou três) antes de publicarem. Vivemos um tempo difícil, com muitas pessoas online e, consequentemente, com muita informação e desinformação por lá. Todo o cuidado é pouco e até os profissionais da verificação da informação, como são os jornalistas, são por vezes enganados. Se esta iniciativa do Re/media.Lab ajudar a evitar que pelo menos um boato comece a circular, então terá cumprido a sua missão”, defende o investigador do projeto. |
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