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"Que Culturas para o século XXI?"
Fátima Borges · quarta, 13 de novembro de 2019 · “Que Culturas para o século XXI?” foi o tema central do V Congresso Internacional sobre Culturas, realizado entre os dias 6 e 8 de novembro na Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior. |
O painel do congresso apresenta a temática aos estudantes |
21989 visitas A presença dos cerca de 120 participantes, entre estudantes, académicos, investigadores e especialistas de renome internacional, “é reflexo direto do bom acolhimento que este evento teve entre investigadores portugueses e brasileiros”, explicam os organizadores, que se congratularam também com a presença de participantes de países lusófonos, como Moçambique, e do espaço ibérico, com intervenientes de Espanha, que têm em comum “trabalhar nas múltiplas dimensões da área da Cultura”. Embora a temática maior deste congresso fosse, em termos gerais, identificar "os desafios para a cultura neste século ainda madrugador", ressalta-se o facto de o evento se ter estruturado, também, a partir de 13 Sessões Temáticas, que definiram as linhas de trabalho dos vários participantes. “Este aspecto foi importante porque ampliou os temas em discussão no âmbito do Congresso. Por outro lado, as Sessões Plenárias foram especificamente direcionadas para a temática geral e permitiram, em certa medida, identificar de forma mais concreta alguns dos desafios com os quais se confronta a cultura neste início de século XXI”, explicou Catarina Moura. Aquela docente da UBI e responsável pela organização do evento, considerou que o resultado esteve acima do esperado e que “não seria injusto nem exagerado afirmar que as expectativas foram superadas. Apesar do trabalho envolvido na organização de um evento desta dimensão, a consolidação da comunidade que se tem vindo a construir em torno destes Congressos é não apenas agradável, mas também interessante e envolvente. O carácter anual do evento permite que conheçamos já muitas destas pessoas — são rostos e nomes familiares, que gostamos de rever com esta regularidade, neste contexto. Levam-se daqui parcerias, amizades, boas recordações e, sobretudo, uma sensação de partilha de interesses e preocupações comuns”, garantiu. Sobre o destaque deste Congresso, “foi bastante relevante que, como resultado paralelo deste encontro, tenhamos podido reforçar a rede de instituições que compõem o Convénio organizador dos Congressos Internacionais sobre Culturas, adicionando às atuais 4 universidades que o constituem, (UBI, Universidade do Minho, Universidade Federal da Bahia e Universidade do Recôncavo da Bahia) uma quinta instituição, a Universidade do Zambeze (UniZambeze), situada na cidade da Beira, em Moçambique. Com a inclusão desta universidade africana, é a própria Lusofonia que sai reforçada como âmago desta rede e dos próprios Congressos”, que têm sido alternadamente organizados em e por todas elas: o primeiro teve lugar na UBI (2015), onde regressa agora na sua quinta edição (2019); o segundo foi organizado pela UFBA (2016), o terceiro pela Universidade do Minho (2017) e o quarto pela Universidade do Recôncavo da Bahia (2018). “Não é condição sine qua non que as instituições que integram o Convénio venham a acolher necessariamente uma das edições do Congresso, mas admitimos a expectativa de, no horizonte, ter África como destino e protagonista deste evento”, explicou Catarina Moura. Além de ter propiciado espaço para debates, consolidando a comunidade de investigadores, este V Congresso Internacional sobre Culturas deixou registado o desejo de ter, num futuro próximo, o alargamento das suas fronteiras como proposto desde o início do projeto.
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