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Desmistificar a comunicação com pessoas com deficiência
Rita da Graça Martins · quarta, 6 de novembro de 2019 · Região A APPACDM em conjunto com o MedUBI realizou uma apresentação sobre o tema "A importância da comunicação e das atitudes de quem trabalha com pessoas com deficiência" na Faculdade de Ciências da Saúde. |
APPACDM apresenta o tema "A importância da comunicação e das atitudes de quem trabalha com pessoas com deficiência". |
22021 visitas “A importância da comunicação e das atitudes de quem trabalha com pessoas com deficiência” foi o tema da apresentação da APPACDM da Covilhã, num evento organizado em parceria com o MedUBI e que decorreu no passado dia 28 de outubro, no Anfiteatro Amarelo da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. O evento esteve a cargo de Inês Soares em conjunto com dois beneficiários da Associação, Inês Madeira e Paulo Cárceres. A APPACDM tem como principal objetivo apoiar cidadãos com deficiência mental, e tal como explica Inês Soares: “procuramos sempre trabalhar para o bem-estar e para a manutenção da qualidade de vida dos clientes”. “Toda a gente, a nível de equipa técnica e funcionários, se esforça para lhes prestar um bom serviço”. De facto, um dos focos desta Instituição Particular de Sociedade Social é a inclusão dos cidadãos com deficiência na sociedade. O trabalho de Inês Madeira, utente da casa, é exemplo disso, pois graças à APPACDM trabalha às terças de manhã num cabeleireiro da Covilhã. Este seu trabalho foi documentado num vídeo que foi exibido a meio da formação. A conversa teve como propósito desmistificar a deficiência, e foi especialmente direccionada para os estudantes de Medicina. Estes aprenderam a melhor maneira de lidar com pacientes que possam sofrer de alguma deficiência, seja ela auditiva, física, mental ou visual. No início da sessão, foi transmitida a noção de que as barreiras socias exacerbam a deficiência em si, daí a importância deste tipo de iniciativas. Os participantes aprenderam que “a compreensão da comunicação não verbal e o conhecimento das especificidades de cada deficiência são essenciais para derrubar destas barreiras”. Foram ainda apresentadas algumas formas de protagonizar uma comunicação eficiente: como o uso de vocabulário simples e claro; dar tempo para processar a informação por causa do défice cognitivo; nunca subestimar as capacidades; promover a autonomia e não utilizar palavreado infantil. No fim foi apresentado um vídeo com experiências de alguns dos utentes da APPACDM em consultas médicas, com o objetivo de dar a conhecer aos estudantes alguns erros comuns que médicos e enfermeiros cometem com pessoas com deficiência. |
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