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Quebrando o tabu na vida sexual de pessoas com demência
Gabriela Pereira · quarta, 8 de dezembro de 2021 · @@y8Xxv «A Sexualidade nas Pessoas Idosas com Demência», trabalho realizado por Sarah Pinho, foi distinguida com o Prémio Dr. Alberto Diniz da Fonseca para a melhor dissertação de Mestrado na área social e da saúde. A cerimónia de entrega do prémio teve lugar na última quarta-feira, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. |
Atribuição do Prémio Dr. Alberto Diniz da Fonseca |
22000 visitas A Universidade da Beira Interior em parceria com a Cáritas Portuguesa e a Cáritas Diocesana da Guarda atribuíram o Prémio Dr. Alberto Diniz da Fonseca a Sarah Pinho, mestre em Psicologia Clínica e da Saúde, pela sua dissertação de mestrado, agora, transformado em livro. «A Sexualidade nas Pessoas Idosas com Demência - A visão dos técnicos e dos familiares» é o título da obra publicada pela Editorial Cáritas. Este trabalho, já premiado em outras circunstâncias, “visa entender o ser humano numa fase mais avançada da vida e com demência, de uma forma completa e sobretudo respeitadora da forma humana, entendendo-o como ser sexual”, explica Henrique Pereira, orientador do trabalho. A obra fala da importância de desconstruir os mitos e tabus na área da sexualidade e permite entender qual a melhor forma de utentes, cuidadores e familiares lidarem com a situação. O estudo explica as implicações sociais e a importância das políticas de inclusão, é a relevância de que a necessidade de expressão sexual das pessoas com demência se torne visível. Tratando-se de um tema pouco explorado, Sarah Pinho explica que o interesse no tema surge de “ter realmente contacto com este problema na minha profissão. Sempre atuei com idosos com demência a título pessoal, e vou lidando com essas questões pelos projetos que vou desenvolvendo para a comunidade. Faço parte da equipa de visitadores de doentes da paróquia por isso lido constantemente com essas situações e deparo-me com muitas exigências e desafios nesse sentido.” Apesar da exígua literatura que rodeia este assunto, Sarah diz que deduzir algumas hipóteses e poder colocar novas questões, “é o bom de sermos pioneiros, podemos discutir em relação a essas temáticas de uma forma mais aberta sem nos cingirmos ao que outros autores já foram referindo”. Este estudo foi baseado numa revisão de literatura pertinente, e com base em entrevistas e questionários.
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