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Sem fronteiras, sem barreiras
Beatriz Pereira · quarta, 30 de outubro de 2019 · “Mix&Move -Danças do Mundo”, é o nome da iniciativa que decorre na última quinta feira de cada mês no Seminário do Fundão. Estes encontros envolvem toda a comunidade em geral, e a partilha de culturas é vivida através da dança. |
Dança tradicional da Guiné-Bissau |
21984 visitas Este encontro de dança, realizado no Seminário do Fundão, que atualmente funciona como centro para as migrações, “atende ao contexto e às várias respostas que têm nesse mesmo centro, e está integrada no plano municipal de integração de migrantes”. “Esta é uma das iniciativas, entre muitas outras, que promovem a inclusão, socialização e também a aprendizagem de culturas de outros povos”. A Vereadora da Câmara Municipal do Fundão, Alcina Cerdeira, referiu que este centro “acolhe muitas comunidades diferentes e tem sobretudo três respostas distintas: o centro para os refugiados, que neste momento conta com 25 utentes oriundos da Eritreia, do Sudão, da Nigéria e da Guiné-Bissau”. Têm também “70 jovens que vieram para estudar, uma vez que neste centro também existe uma residência de estudantes.” Estes últimos são provenientes da Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe e de Cabo Verde, e estão integrados na escola profissional do Fundão. Fazem ainda parte deste centro “20 trabalhadores inseridos no centro de acolhimento temporário para trabalhadores, que vêm para esta região trabalhar sobretudo na agricultura, os quais são oriundos do Bangladesh, do Nepal e de outros países”. Para Alcina Cerdeira “tem sido muito gratificante e intensivo este trabalho”. “O processo de acolher pessoas tem várias fases, primeiro o acolhimento, depois a integração e por fim a autonomização, pois sobretudo ao nível dos refugiados, aquilo que pretendemos é posteriormente a sua integração no mundo do trabalho”, explica. Alguns dos refugiados estão já em “processo de autonomização, têm as suas casas e os seus trabalhos.” “Os estudantes, por sua vez, estão no seu percurso escolar e no final do mesmo, irão para outros locais à procura de melhores condições de vida, bem como de realização pessoal e profissional.” A vereadora declarou ainda que atualmente estão a trabalhar numa candidatura ao Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI), de maneira a tentar melhorar as condições das instalações e as dos próprios refugiados integrados no seminário.
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