Não é a primeira vez que no restaurante os clientes se sentam à mesa com o fado, “nem será a última”, segundo o sócio-gerente Miguel Morais. “Existe hoje uma maior preocupação com a dinamização do espaço, a ideia é manter o conceito que a casa tem há anos e anos, mas com um toque diferente. O Montiel aposta agora na cultura”, salienta Morais.

Comeu-se, bebeu-se e, mais tarde, cantou-se. Na sala de cima do restaurante, ecoou a voz da fadista covilhanense, Isabel Bicho. A artista, acompanhada na guitarra portuguesa por Hugo Ramos e na viola por José Luís Cleto, atuou pela primeira vez naquela que é para si “uma casa emblemática”.

Isabel salientou a importância deste tipo de iniciativas e realçou o facto de não existir muita oferta cultural na Covilhã. “Existem muitos e bons fadistas na cidade e é importante que se aposte no fado”, acrescentou a fadista.

Ao longo da noite escutaram-se fados contemporâneos e fados clássicos, Isabel Bicho gosta de diversificar e de cantar músicas do conhecimento do público, de modo a que estes se sintam parte integrante da atuação.  Para si, “a canção portuguesa não é somente tristeza, é também alegria”.

Devido à adesão que esta aposta do Montiel tem tido, a intenção de Miguel Morais é continuar a inovar e “arriscar na realização dos mais diversos tipos de espetáculos”. Ainda não existem datas concretas, mas o restaurante deseja realizar noites de stand up comedy e de covers.