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Alunos da UBI apoiam candidatura da Guarda
Inês Salvador · quarta, 29 de maio de 2019 · Com o objetivo de apoiar a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027, os alunos de Ciências da Cultura desenvolveram, no dia 24 de maio, na Parada da UBI, uma iniciativa intitulada: “17 Municípios do Alto da Cultura” |
Parada, Faculdade de Artes e Letras, na UBI |
21997 visitas Foram diversas as atividades desenvolvidas ao longo do dia, sendo o espetáculo do final da tarde o momento com maior adesão. Mais de uma centena de pessoas esteve no local para assistir à atuação do Coletivo Foiçe e à dramatização de um poema. Na plateia encontravam-se professores, alunos e cidadãos de várias gerações, para além de representantes dos parceiros deste evento: UBI, Câmara Municipal da Covilhã e Câmara Municipal da Guarda. Ana Mota, aluna finalista de Ciências da Cultura, foi a responsável pela interpretação do poema “O Mito de Conceição”. Com a plateia em silêncio e visivelmente atenta e agradada, este poema arrancou um dos maiores aplausos da tarde. Num outro registo, a atuação do Coletivo Foiçe, de Edgar Vicente, interpretou, não só originais, mas também canções de grandes nomes da música nacional, como Zeca Afonso. Num ambiente descontraído, esta atuação agradou a um público que timidamente trauteou e dançou ao ritmo da música. Durante a manhã, sete artistas da Covilhã pintaram um mural constituído por várias telas com o tema “Diáspora”, expressão ligada à dispersão dos povos. As pinturas expressavam, na sua maioria, aspetos menos positivos associados à extinção de espécies, à separação de famílias e à crise dos refugiados - realidades que estão no centro das preocupações dos 17 municípios. Luís Moreira Pinto, professor da UBI, arquiteto e pintor, afirmou que este mural “representa a globalização” já que todos os participantes estavam a “trabalhar para uma causa comum”. Relativamente ao apoio da UBI a esta candidatura, o professor acredita que “tudo o que tem a ver com cultura também tem a ver com educação”. Já para a vereadora da Cultura da Covilhã, a diáspora representada serve para mostrar “que cada um de pode, nos seus territórios e municípios, interagir com os outros numa base de partilha e respeito”. A par desta pintura, esteve ainda exposta durante todo o dia a instalação de feltragem artística de Ana Gonçalo. Ivo Gonçalves, de 25 anos, aluno finalista de Ciências da Cultura e membro organizador deste evento define a candidatura da Guarda a capital Europeia da Cultura como “um marco importantíssimo para o Interior a nível cultural”. No discurso de abertura, os representantes desta iniciativa, afirmaram que a Guarda “é uma caixa de tesouros cujo brilho, embora não universalmente reconhecido, irá resplandecer por todo o país e para além das suas fronteiras, após a vitória na sua candidatura”. A mensagem dos intervenientes foi de união, numa alusão à interação e à cooperação entre os vários municípios para que o Interior possa ir mais longe. Neste âmbito, Vítor Amaral vereador da Cultura da Câmara Municipal da Guarda e membro da Comissão Executiva, referiu que “esta candidatura representa a oportunidade de formar uma consciência regional acerca do que se pode fazer em conjunto! Juntos somos mais fortes”, enfatizou. José Rosa, presidente da Faculdade de Artes e Letras da UBI, destacou o orgulho que sente por ter alunos “ativos e interativos, capazes de olhar teoricamente o mundo e simultaneamente meter as mãos na massa” no apoio a esta candidatura a Capital Europeia da Cultura. Rafael Santos, estudante de 26 anos, fez um balanço muito positivo da iniciativa afirmando que “estas têm sempre uma relevância muito grande na forma como as pessoas olham para o Interior”. Unânime é a certeza de que a Guarda tem condições para ganhar este prémio, não só por ser portuguesa, mas por se encontrar no eixo da Serra da Estrela, pelas suas paisagens e pela sua gastronomia. |
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