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Frankie Chavez pisou o palco do Sons à Sexta
Lara Cardoso · quarta, 22 de maio de 2019 · Cultura Foi na passada sexta-feira que Frankie Chavez esteve no auditório d'A Moagem. Com ajuda de vários instrumentos, o músico revive o início da carreira apresentando o conceito de "one man band". |
21982 visitas Na passada sexta-feira, dia 10 de maio, o auditório d’A Moagem voltou a ser palco de um concerto no âmbito do projeto Sons à Sexta. O convidado deste mês foi o músico Frankie Chavez que fez esgotar a lotação no Centro do Engenho e das Artes do Fundão. Em parceria com a Antena 3, o Sons à Sexta já tem por hábito apresentar bandas e artistas em destaque no panorama musical português. Desta vez, a figura principal foi Joaquim Francisco Chaves, mais conhecido por Frankie Chavez. Com o objetivo de promover o “convívio entre o público e a celebração da música”, A Moagem abriu as portas ao público para um ambiente descontraído, antes de ouvir as mais variadas sonoridades do músico lisboeta. Chavez é uma projeção de uma mistura de diferentes tipos de sons, refletindo todas as influências musicais de todos os países pelos quais viajou, o que resulta numa espécie de Blues/Folk. A digressão que tem feito Frankie viajar por Portugal é uma maneira do músico voltar às raízes do que foi o seu começo: “tento trazer um bocadinho o que eu tenho em casa”, explica. O ambiente que é criado nestes concertos surge como uma reflexão do que é estar no estúdio e serve para as pessoas “perceberem como as músicas surgiram e a primeira abordagem” antes de sofrerem alterações. Em ‘I Dont Belong’ “prolongar um solo ou mudar uma introdução” a meio do concerto é sempre permitido. O conceito “início” teve peso neste concerto, uma vez que Frankie voltou ao palco passado algum tempo, depois de estar parado para gravar um novo disco e com outra banda: “Já não tocava ao vivo há muito tempo e foi como voltar ao passado”, revela. No auditório d’A Moagem, Frankie Chavez sentiu grande satisfação por “ter trazido imensa gente”, tanta até esgotar a lotação. Contudo, o músico confidenciou a insegurança perante a dinâmica do Sons à Sexta, que “tem trazido uma programação com músicos muito bons em Portugal” ao interior do país e, por isso, espera ter concretizado as expectativas do público. “Senti as pessoas muito atentas, muito caladas e até pensei que estivessem fartas, mas quando me chamaram de novo ao palco, percebi que estavam muito dentro do concerto”, afirma. A essência deste alter ego é a ideia de one man band e é nesse sentido que Chavez se apresenta sozinho em palco, apenas na companhia dos seus vários instrumentos. Entre a harmónica e a percussão, a diversidade de guitarras é notória: guitarra elétrica, guitarra acústica, guitarra portuguesa e ainda guitarra lapsteel. O artista explica esta variedade pela “voz” e afinação de cada guitarra: “comecei a experimentar várias afinações e percebi que as afinações davam outro som ao instrumento”. O que teve início com uma guitarra acústica transformou-se numa panóplia de instrumentos e sonoridades: “comecei a compor em todas e assim não me canso”, proporcionando outra dinâmica aos concertos. O Sons à Sexta realiza-se há 3 anos e o objetivo de proporcionar ao público do interior ver bons concertos, neste dia, foi bem conseguido. A próxima celebração da música será com Dapunksportif, no dia 14 de junho. |
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