Com o propósito de apoiar a candidatura da Guarda a capital europeia da cultura em 2027, os cursos de Ciências da Cultura e Ciências da Comunicação juntaram-se numa conferência de imprensa que apresentou dois eventos que auxiliam esta candidatura.

Com a presença do vereador da cultura da Câmara Municipal da Guarda, Vítor Amaral, do diretor e professor da Faculdade de Artes e Letras (FAL) da Universidade da Beira Interior (UBI), José Rosa, do professor da mesma faculdade e representante da UBI na comissão da candidatura da Guarda a capital europeia da cultura, Urbano Sidoncha, da vereadora da cultura da Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, e de duas representantes dos dois cursos que organizaram os eventos, todos deram a conhecer aos presentes as vantagens das parcerias entre UBI, Covilhã e o Município da Guarda, e em que consistiam os projetos.

“Até 2027 esperemos que a Guarda seja verdadeiramente capital da cultura, estamos a fazer esse esforço. O que for bom para a Guarda é bom para a região. A universidade não é só da Covilhã, está nesta cidade, mas ela é da Beira Interior e tem a tarefa fundamental de criar um estado de espírito e de consciência relativamente à região e estes eventos traduzem a união desta região”, sublinhou o presidente da FAL, José Rosa.

A conceção e organização dos dois eventos tiveram a ajuda da docente Sónia Sá, também ela presente no evento.A turma finalista da licenciatura em Ciências da Cultura deu a conhecer “17 municípios do Alto da Cultura”, que decorrerá no Auditória da Parada, no dia 24 de maio. Pelas 10h00 terá início uma pintura coletiva de artistas da Covilhã, seguida de uma instalação de feltragem artística por Ana Gonçalo. Já pelas 18h30 haverá dança, com uma apresentação da Academia de Música e Dança do Fundão, teatro, com a dramatização do poema “O Mito da Conceição” e por fim, música, com a atuação do Colectivo Foice.

Já a turma finalista do curso de Ciências da Comunicação apresentou “Dispers’ARTE”, que terá lugar no mesmo auditório, pelas 21h00, no dia 30 de maio. O evento contará com uma exibição de quatro curtas-metragens, que remetem para o tema da candidatura, a diáspora, um encontro de realizadores, uma pintura ao vivo feita por Helénio Mendes e a atuação de Homem em Catarse. O nome do evento, “Dispers’ARTE”, muito elogiado pelos convidados, consiste na união da palavra “diáspora” com “arte”.

A cidade da Guarda é uma das várias cidades portuguesas que se candidataram a ser capital europeia da cultura, sendo que uma dessas cidades será mesmo capital da cultura em 2027.“Quando o município da Guarda decidiu avançar com esta candidatura tinha a noção que acima de tudo, para além da dimensão programática e artística que a candidatura vai ter, ela tem de ser assumida essencialmente como uma oportunidade de as cidades do Interior se juntarem num projeto e afirmá-lo em termos nacionais e internacionais relativamente aquilo que têm sido, em termos globais, as políticas públicas de litoralização global em relação à aposta nos territórios do interior”, apontou o vereador da cultura da câmara da Guarda, Vítor Amaral. A união de toda a região é assim fundamental na candidatura da Guarda, tratando-se de um “projeto de compromisso regional”, tal como afirmou Vítor Amaral.