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Cidade do Fundão palco do maior Carrilhão Itinerante do Mundo
Lara Cardoso · quarta, 24 de abril de 2019 · No Sábado de Aleluia, a Câmara Municipal recebeu o Carrilhão LVSITANVS, o maior carrilhão itinerante do mundo. Ana Elias tocou 63 sinos para encerrar a Semana Santa. |
21995 visitas No âmbito da Quadragésima – Ciclo de Tradições da Quaresma do Concelho do Fundão realizou-se este sábado o concerto “Carrilhão Lvsitanvs”, na Praça do Município. Ana Elias apresentou o maior carrilhão itinerante do mundo, que tem vindo a percorrer o país. O sábado de Aleluia foi o dia escolhido para a apresentação do LVSITANVS, com o objetivo de encerrar a Semana Santa e, consequentemente, a Quaresma. Contudo, esta não é a única explicação para a exibição de sábado. Ana Elias, que trouxe consigo estudos de carrilhão da Bélgica, trouxe também um bocadinho da cultura religiosa desse país. A carrilheirista explica que no país onde estudou, “durante a Semana Santa todos os sinos se calam” pelo facto de todos eles serem benzidos pelo Papa. No sábado de Aleluia esses sinos voltam para serem tocados todos ao mesmo tempo e, por isso “fez todo o sentido tocar 63 sinos” neste dia. Estes 63 sinos fazem parte do Carrilhão que é agora considerado o maior do mundo, pesando aproximadamente 12 toneladas. O instrumento foi concebido por Alberto Elias, que tem o prazer de ouvir a própria filha tocá-lo, tornando-se assim um projeto familiar. O Carrilhão LVSITANVS foi desenvolvido com um objetivo particular: converter o estático em móvel. Apesar de Portugal não ter uma tradição neste campo, tem em Mafra dois dos maiores carrilhões históricos do mundo, transferidos por D. João V em 1730. Também no Porto e Alverca se podem ver instrumentos como este. Ana Elias esclarece que a desvantagem é que “as pessoas têm que se deslocar das suas cidades, se quiserem ver um carrilhão” e por isso, a maneira que encontraram para o divulgar “é trazê-lo até ao público, através de um camião”. É nesse sentido que os Elias acreditam que “existe potencial para se criar uma tradição”. Este instrumento é capaz de tocar qualquer tipo de música, variando sempre o seu reportório. Ana tenta tocar sempre as músicas mais conhecidas porque não são só as pessoas que estão no concerto que a ouvem, são também “as que estão em casa e todas num raio aproximado”. No último sábado, a sua música dirigiu-se no sentido religioso tendo em conta o dia celebrado, apresentando composições de Bach, Handel e Cohen. O Carrilhão LVSITANVS anda na estrada há já 4 anos, tendo percorrido Portugal de norte a sul. |
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