“Paradigma” foi a peça que o Festival de Artes Performativas, organizado pela Quarta Parede, recebeu na passada quinta-feira, às 21h30. O espetáculo de dança conta uma história criada através de artefactos, narrativas, danças, rituais e músicas.

Terminada a encenação decorreu uma conversa com os espetadores na qual o artista se dedicou a explicar as suas inspirações e o papel das suas experiências de vida na elaboração do trabalho, tendo ainda procedido ao esclarecimento de questões do público acerca do significado de alguns aspetos do espetáculo.

Dinis Machado apresenta “Paradigma” como “um poema literal, em que o espaço se configura como a minha segunda pele, que se interpõe entre mim e o espetador”. Relativamente ao seu significado, sublinha que “na peça está patente a necessidade de criar um ritual, na medida em que o  corpo está inserido num estado de vibração”.

Quanto à presença de uma mesa como parte integrante do seu cenário, o artista associado à Galeria Zé dos Bois referiu que “a mesa adquire uma dimensão muito próxima do corpo, como se fosse  uma dança a dois". O artista diz ainda que o espetáculo proporciona-lhe uma relação figurativa que transforma a mesa num objeto abstrato.