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Corredores das Fornalhas ganham destaque com visita guiada
Sara Helena Silva · quarta, 10 de abril de 2019 · UBI Esta iniciativa do Museu dos Lanifícios pretende salientar a importância do património histórico e arqueológico da antiga Real Fábrica de Panos. |
Corredor das Fornalhas, Real Fábrica de Panos |
21977 visitas Realizou-se, no passado domingo, dia 7 de abril, uma visita guiada gratuita aos Corredores das Fornalhas do Núcleo da Real Fábrica de Panos. Esta teve início às 14h30 e contou com a presença da arqueóloga covilhanense Beatriz Correia. O programa foi uma iniciativa do Museu dos Lanifícios da Universidade da Beira Interior (UBI), que promovia três visitas guiadas, cada uma centrada numa parte diferente da fábrica: os poços de tingimento, o tanque de água e os corredores das fornalhas. As visitas decorreram no primeiro domingo dos meses de fevereiro, março e abril, respetivamente, e foram mediadas por Beatriz Correia Barata. Durante o evento foi contada a história do edifício e a sua importância para a cidade da Covilhã, bem como explicada a função de cada sala e dos objetos que guardava, e como seriam os métodos e condições de trabalho na época. Os corredores das fornalhas, num dos quais se encontra de momento a exposição Make Fashion Great Again, foram o ponto alto da visita. Beatriz Correia salienta ser “muito interessante que um dos corredores seja hoje utilizado para a circulação diária de estudantes, professores e funcionários. Uma das características mais fascinantes do museu é o facto de, para além de ser um espaço onde a fábrica operou, ter sido aproveitado e funcionar em conjunto com uma universidade. É muito difícil por vezes preservar um vestígio arqueológico e fazer com que ele seja integrado na vida de uma pessoa, mas neste caso temos estudantes que passam aqui todos os dias, no mesmo local onde há séculos atrás havia homens a trabalhar no tingimento de tecidos nesta fábrica.” Seguindo-se à visita guiada, que contou com a presença de 15 pessoas e durou cerca de 45 minutos, houve espaço para perguntas e para a exploração dos restantes espaços do Museu dos Lanifícios e da exposição temporária de esculturas têxteis de Ana Rita de Albuquerque, atividade que se estendeu até às 17 horas. Fundada pelo Marquês de Pombal em 1764, a área das tinturarias da antiga Real Fábrica de Panos foi posta a descoberto em 1975, durante as obras no edifício para construir o Instituto Politécnico da Covilhã. A recuperação do espaço que hoje faz parte do Museu dos Lanifícios, constituído por três oficinas de tinturaria e um eixo com dois corredores das fornalhas foi uma iniciativa pioneira na história da Arqueologia Industrial em Portugal. |
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