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Dia Mundial da Poesia: Quando a poesia não se come, mas alimenta
Rafael Ascensão · quarta, 27 de mar?o de 2019 · Celebrar o Dia Mundial da Poesia enquanto se degusta uma refeição foi a ideia da Câmara Municipal da Covilhã, que, no dia 21 de março, juntou vários estabelecimentos da cidade sob o mote “Os Sabores da Poesia”. |
22001 visitas Foram 17 os escritores covilhanenses que percorreram vários restaurantes e cafés da cidade para declamarem poesia enquanto os presentes comiam e bebiam. Os escritores António José da Silva, Anabela Silvestre, António Pinho, Belinha Baptista, Célia Bonifácio, Cidália Saraiva, Elisabete Morão, Fátima Quelhas, João Morgado, José Manuel Macedo, José Simões, Naná Ferreira, Pinto Pires, Sofia Figueiredo e Teresa Duarte Reis deram voz a diversos poemas. Durante o almoço, albergaram a poesia no seu espaço os restaurantes Montiel, Paço 100 Pressa, Tomás Terrace, Alkimya, Sporting, Laranjinha, Cava Juliana, Repleto de Magia e Casa das Muralhas. A meio da tarde, foi a vez de a poesia ser aclamada no Nata Lisboa, Simply Sugar, Balcão Bar, Pérola Doce, Padaria Dias, Centro Cívico, Casa das Muralhas, Sol Verde, Leveda e Café Covilhã-Jardim. Perto do fim da tarde todos os escritores se encontraram na Biblioteca Municipal da Covilhã. Sobre esta atividade, Jorge Pessoa, um dos sócios do restaurante Alkimya, considera que “estas iniciativas devem ser feitas mais vezes, e que se deve, de alguma forma, envolver e dinamizar a sociedade cada vez mais com a cultura e a arte”, achando no entanto que “este tipo de iniciativas não atraem mais clientes, pelo menos direta e imediatamente, mas se as pessoas começarem assim a ser habituadas, isso pode vir a acontecer no futuro”. Foi precisamente este espaço que não se deixou ficar unicamente pela iniciativa municipal, levando a cabo uma outra, na parte da noite, que consistiu na declamação de poemas acompanhada por música. Aliando a coincidência de o Dia Mundial da Poesia ser celebrado na mesma data que o Dia Europeu da Música Antiga, o escritor João Morgado declamou diversos poemas, tanto da sua autoria como de outros autores, alternando com as músicas entoadas pelo coro da EPABI - Escola Profissional de Artes da Covilhã. Jorge Pessoa defendeu também que “não basta fazer estas ações, é preciso existir igualmente uma sensibilização das pessoas de modo a trazê-las a participar neste tipo de ações culturais e artísticas, o que não é fácil”. “É um percurso que tem de ser feito aos poucos”, rematou o empreendedor. |
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