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“Ashes and Dust”: Um espetáculo de dança e um alerta para questões ambientais
Catarina Augusto · quarta, 27 de mar?o de 2019 · As cinzas e poeiras, o presente e o futuro, as experiências humanas e as consequências ambientais serviram de inspiração à mais recente criação artística da Kayzer Ballet. |
Fotografia do espetáculo "Ashes and Dust" |
21979 visitas Na antiga fábrica Júlio Afonso, atual New Hand Lab, realizou-se, no dia 22 e 23 de março, um espetáculo intimista, produzido para um público limitado. "Ashes and Dust", a coreografia de Ricardo Runa, levou a palco uma questão ambiental: os perigos iminentes na falta de segurança e o risco que representam as centrais nucleares. Segundo o criador da performance e diretor da Kayzer Ballet, Ricardo Runa, o ser humano necessita de refletir e tomar atenção à central nuclear de Almaraz, que não está desativada e representa um perigo para a humanidade. “Brincamos com a natureza, mas ela tem muito mais poder do que nós imaginamos, assim como aconteceu em Chernobyl, pode acontecer em Almaraz, estamos muito próximos de lá e isto é uma chamada de atenção para todos nós”, afirmou Ricardo, acrescentando ainda que “temos de tratar melhor o nosso planeta e temos de tratar melhor tudo aquilo que nos rodeia”. Ao som de Mozart, Scanner, Jorge Mendez e L. Einaudi, vestidos com tons nudes, simulando a nudez, os bailarinos começaram o seu espetáculo. Produziam movimentos contemporâneos, enquanto que numa tela eram projetados vídeos com relatos da tragédia de Chernobly. Já no fim, os dançarinos encarnaram novos movimentos e mudaram de figurinos. Em palco estavam sete artistas, de nacionalidades distintas, vestidos em tons escuros por uma causa. Bruno Arrais, estudante de Design de Moda na Universidade da Beira Interior (UBI) assistiu, pela primeira vez, a um espetáculo da Kayzer Ballet e confessou ter gostado do espetáculo. Nesta peça, que transporta o espetador para o amanhã, é dado um “grito” de alerta com o objetivo de questionar os presentes quanto às consequências que certas experiências humanas produzem no meio ambiente. “Não sejamos uma cobaia da nossa própria “experiência””, apelou Ricardo Runa. Jéssica Filipe ficou surpreendida com o espetáculo e com o espaço. De acordo com esta espectadora da peça este tipo de coreografias são bastante enriquecedoras, porque “para além de entreterem o público, chamam à atenção para situações de importância extrema, como é o caso dos perigos intrínsecos às centrais nucleares”. A edição musical, o desenho de luz e a direção artística da nova criação da Kayzer Ballet foram desenvolvidos por Ricardo Runa, com assistência de Julia Runa. |
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