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UBI adere à Greve Ecológica
Rafael Mangana · quarta, 20 de mar?o de 2019 · @@y8Xxv Estudantes da UBI juntaram-se à greve pelo clima, movimento que envolveu jovens de 100 países um pouco por todo o mundo. |
Jovens juntaram-se na porta principal do Polo I da UBI |
21975 visitas Cerca de meia centena de estudantes da Universidade da Beira Interior (UBI) juntaram-se na sexta-feira, 15 de março, à greve pelo clima, movimento estudantil ao qual aderiram jovens de todo o mundo, que reivindicaram soluções governativas para a crise climática do mundo. Na Covilhã, a ação foi impulsionada pelo Movimento Académico de Proteção Ambiental (MAPA). Os estudantes juntaram-se na porta principal do polo I da UBI e seguiram numa marcha pedonal rumo à Praça do Município. “Ainda vamos a tempo de salvar o planeta”, defende um dos responsáveis pela organização da iniciativa. João Domingos lembra que, “segundo os cientistas, temos até 2030 para os resultados das nossas ações serem irreversíveis. Por isso, até 2030 temos tempo de agir e se for agora, melhor. É preciso, tanto a nível individual como a nível coletivo. A nível individual podemos tomar várias medidas, como reduzir o consumo de carne, comprar produtos de nível local. Coletivamente é preciso que os governos também tomem medidas em relação a isto. Por exemplo, colocar taxas de CO2 nos alimentos”, refere. Aluno de Doutoramento em Economia da UBI, Daniel Pais aproveitou a ocasião para lançar um desafio à população: “logo à noite quando forem comprar fruta, por exemplo, em vez de comprarem fruta do Brasil – que para cá chegar tem que atravessar um oceano inteiro – comprem fruta local, regional; quando forem este fim-de-semana ao shopping comprar a roupa para o filho, em vez de comprarem um produto que vem da China – que tem que atravessar dois continentes -, comprem um produto também ele regional. Isto são medidas pequeninas, mas que terão um impacto muito importante para o clima”, considera. A esta ação juntaram-se também alguns elementos dos “Guardiões da Serra da Estrela”, como Sara Boléu, que não tem dúvidas: “nós não vamos ter um bom futuro se não começarmos a cuidar dos recursos do planeta e um dos principais recursos do planeta é o ar que respiramos, a água que bebemos ou o solo para produzir a nossa comida. E estou a falar numa perspetiva muito egoísta, que é a sobrevivência humana, mas não vai haver sobrevivência humana se não houver a sobrevivência de todo o ecossistema de que o humano depende”. A responsável pelo movimento explica ter-se juntado a esta causa “para apoiar os estudantes da UBI que decidiram manifestar o seu desagrado aos governantes pelas decisões que estão a tomar e a empenhar o nosso futuro. E não são só os governantes, mas também todos os atores da sociedade, como empresários que todos os dias têm que tomar decisões que visam mais o lucro e o dinheiro, do que propriamente na sustentabilidade do planeta”, lembra. Sob o lema “fazer greve por um clima seguro”, esta greve estudantil mundial de sexta-feira culminou uma série de manifestações semanais iniciadas no ano passado pela sueca Greta Thunberg, de 16 anos, nomeada para o prémio Nobel da paz. |
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