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Coolabora promove debate sobre a exploração de lítio
Rafael Ascensão · quarta, 6 de mar?o de 2019 · A Coolabora, na Covilhã, recebeu no passado dia 20 de fevereiro um debate, sobre a exploração de lítio e a sua sustentabilidade em Portugal, no qual a professora da UBI, Maria do Carmo Mendes, foi a convidada. |
21978 visitas Sob o mote “A verdade por detrás do ‘Petróleo Branco’”, o debate, que procurou esclarecer sobre a exploração do referido mineral e as suas consequências para a população e meio envolventes, foi o primeiro de um ciclo de debates e conversas promovidos pela Coolabora, sobre sustentabilidade, os quais são moderados pelo também professor da UBI, André Barata. A discussão, com cerca de uma trintena de presentes, debruçou-se sobretudo sobre o caso da serra da Argemela, na qual se pretende iniciar uma exploração de lítio, projecto contra o qual se insurgiram as populações locais da União de Freguesias Barco e Coutada (concelho da Covilhã) e também das freguesias de Silvares e Lavacolhos (concelho do Fundão). Estas povoações preocupam-se principalmente com sua saúde e segurança, visto encontrarem-se bastante próximas (por vezes apenas a 500 metros) do local proposto para exploração, a qual recorre ao uso de explosivos, além das diversas formas de poluição que podem daí advir. Outras apreensões relacionam-se com o impacto que a exploração pode ter no que toca à fauna e à flora, a destruição de património, como o Castro do Monte da Argemela, e a perda de turismo. Este protesto por parte das populações teve início precisamente através da petição “Pela Preservação da Serra da Argemela/ Contra a Extração Mineira” iniciado pela docente Maria do Carmo Mendes, a qual é natural do Barco. Também “presente” no debate, via videochamada, esteve Jéssica Cruz, da Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso, freguesia do concelho de Boticas que se depara com a mesma situação destas freguesias covilhanenses e fundanenses, a qual deu o seu parecer e contributo para o debate. A participação de Jéssica Cruz permitiu fazer uma comparação entre ambos os casos, verificando-se que são muito semelhantes. Tendo começado através do uso da palavra por parte de Maria do Carmo Mendes e de Jéssica Cruz, de modo a explanarem a situação, o debate foi depois alargado aos restantes presentes, os quais puderam dar a sua opinião, fazer perguntas e esclarecer dúvidas. A discussão contou ainda com a presença de elementos pertencentes à equipa técnica da exploração das minas da Panasqueira, os quais deram um novo fôlego ao debate ao exporem diferentes pontos de vista dos até então apresentados. Maria do Carmo Mendes afirmou ter aceite este convite feito pela Coolabora, pois torna-se importante “juntar esforços, visto o património em causa ser de todos nós, e devemos lutar pelo que é nosso” acrescentando ainda que “é preciso criar redes de contacto, só assim alcançaremos o sucesso”. |
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