Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Cozinhando com a energia do amor
Flora Quinhones · quarta, 6 de mar?o de 2019 · Panelas no fogão, meninas à mesa e mão na massa. Essa foi a aula de culinária vegetariana e vegana da chef Shiila. O workshop aconteceu na noite da última quinta, 21 de fevereiro, no espaço Ananda Café, localizado na rua Comendador Campos Melo, nº 44. |
21972 visitas A primeira aula de culinária de 2019 da chef Shiila reuniu 4 meninas as quais tiveram a oportunidade de preparar as receitas com suas próprias mãos. Ao todo foram 7 preparos: Chamuça, Wrap, Falafel, Massa, 2 molhos e um Bolo de Pera. Ao final, ainda realizaram um jantar com uma roda de conversas cheia de trocas culturais. De acordo com Shiilla, o mais importante do curso está exposto em sua própria propaganda: “Cozinhando com a energia do amor”, pois mais do que ensinar como é a arte da cozinha, ela também ensina como devemos concentrar boas energias para a prática da mesma. E isso foi mostrado durante a noite através de música, organização e concentração. Uma das lições deste workshop é que jamais devemos preparar alimentos com raiva, tristeza ou qualquer sentimento ruim. Shiila ainda explica que os cursos de culinária vegana e vegetariana surgiram a partir de uma demanda de pessoas que questionam sobre como preparar comidas gostosas sem carne ou derivados de animais. Além disso, sua principal especialidade é a infusão culinária. Segundo a chefe, essa técnica está relacionada a como encontramos o mesmo alimento em culturas diferentes e isso acontece por conta das antigas colonizações, resultando em pratos variados com ingredientes iguais de lugares diferentes do mundo. “A culinária é uma arte criativa e não podemos ter medo quando cozinhamos” afirma a chef. Ana Flávia de 19 anos é brasileira e estudante na Covilhã. Ela relata que é vegetariana há 3 anos e vegana há 2 anos. Flávia acredita que em um primeiro momento, a principal dificuldade seja esperar que a comida vegetariana ou vegana tenha um sabor idêntico aos alimentos de origem animal. “Antigamente, eu tentava ao máximo fazer a versão vegana de tudo o que mais gostava quando era carnívora, e não abria tanto espaço para experimentar os sabores autênticos dos vegetais. Fui me tornando consciente do que escolhia por no meu corpo, optando por opções mais leves, variadas e naturalmente mais ricas nutricionalmente”, afirma a estudante. Já Tânia Albuquerque, de 28 anos e investigadora no CICS, conta que é vegetariana há 2 anos e vegana há alguns meses. Ela conta não ter dificuldades em realizar pratos veganos e vegetarianos. “Hoje entendo que precisamos de nutrientes e não de alimentos. Se conseguirmos numa refeição reunir um conjunto de alimentos que supram as nossas necessidades nutricionais temos uma refeição equilibrada elaborada.” afirma a vegana. Esclarece ainda que vivemos a vida inteira acreditando que precisamos comer carne para obter proteína, ferro, minerais. E realmente precisamos desses nutrientes, mas podemos obtê-los recorrendo exclusivamente às plantas. Tendo esse pensamento em mente, torna-se fácil criar pratos bastante diversificados e saborosos. |
Palavras-chave/Tags:
GeoURBI:
|