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Município da Covilhã homenageia maestro Lopes-Graça
Urbi · quarta, 20 de fevereiro de 2019 · Homenagens decorrem entre os dias 23 e 24 de fevereiro. |
Salão Nobre da Câmara da Covilhã e Casa da Cultura José Marmelo e Silva, no Paul são os palcos das homenagens ao maestro |
21984 visitas A Câmara Municipal da Covilhã realiza um conjunto de atividades destinadas a homenagear o Maestro Fernando Lopes-Graça, nos próximos dias 23 e 24 de fevereiro. A curadoria desta homenagem estará a cargo de José Luiz Adriano. No sábado, dia 23 de fevereiro, às 21h00, o Salão Nobre da Câmara Municipal da Covilhã acolhe um importante momento musical em que as principais criações de Lopes-Graça serão interpretadas por: Alexandre Weffort, na flauta; João Paulo Cunha, no piano e o Orfeão da Covilhã, sob a batuta do Maestro Paulo Serra. No dia 24, domingo, a homenagem prossegue na Casa da Cultura José Marmelo e Silva, no Paul, às 15h00, com a palestra “A Recolha de Canções Tradicionais do Paul por Fernando Lopes-Graça: 70 Anos Depois”, pelo orador Alexandre Weffort. A ocasião vai ser abrilhantada por momentos musicais a cargo das Adufeiras da Casa do Povo do Paul e das Adufeiras do Grupo de Danças e Cantares do Paul. O Maestro Fernando Lopes-Graça foi um compositor e ensaísta musical português, que nasceu a 17 de dezembro de 1906, em Tomar, e faleceu a 27 de novembro de 1994, em Cascais. Estudou em Lisboa no Conservatório Nacional. Durante a sua juventude colaborou com as personalidades literárias mais influentes da época, na revista Presença. Após este período, partiu para Paris, onde fez, na Sorbonne, estudos de Musicologia. Lopes-Graça exerceu intensa atividade como compositor, crítico, pianista, publicista e conferencista. Foi autor de numerosas obras para orquestra e para piano, e ainda de bailados, música coral, ciclos de canções, etc. De orientação nacionalista, procurou aliar a grande tradição da música clássica e orquestral aos elementos rítmicos e melódicos do folclore português, a que aliás dedicou valiosos estudos. Criou, em 1951, a revista Gazeta Musical. Foi várias vezes galardoado com o Prémio de Composição do Círculo de Cultura Musical. O fim do Estado Novo traduziu-se no reconhecimento oficial da importância de Lopes-Graça para a cultura portuguesa através de diversas homenagens, da divulgação da sua obra reeditada ao longo das décadas de 70 e de 80 do século passado, com a edição de vários dos seus livros e a gravação em disco de um considerável número de obras da sua autoria. Os anos transcorridos desde 1974 até ao seu falecimento foram para Lopes-Graça criativamente muito férteis. São prova disso as duas sonatas para piano e um quarteto, o impressionante “Requiem para as vítimas do fascismo em Portugal” (1979) e as “Sete predicações de “Os Lusíadas” (1980), o bailado “Dançares”, uma sinfonia para orquestra de formação clássica, numerosas canções, composições instrumentais mais breves e peças de circunstância. |
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