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UBI recebeu cerimónia do Juramento de Hipócrates pela primeira vez
Rafael Mangana · quarta, 28 de novembro de 2018 · UBI Durante a cerimónia, que contou com a presença de 80 jovens médicos, o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos garantiu que a cerimónia em que os novos médicos recebem a sua cédula profissional, vai passar a ser realizada anualmente na Faculdade de Ciências da Saúde da UBI. |
Carlos Cortes esteve presente na cerimónia que decorreu na FCS da UBI |
21966 visitas A Universidade da Beira Interior (UBI) recebeu a cerimónia do Juramento de Hipócrates, que contou com cerca de 80 jovens médicos provenientes de várias regiões do país, na sessão organizada pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), em parceria com a FCS-UBI. Esta foi a primeira vez que o Juramento de Hipócrates ocorreu na Covilhã e na UBI e não vai ser a última. A garantia foi deixada pelo presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, durante a sessão que decorreu no sábado, 24 de novembro, na Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da UBI. “Não pode haver dois países diferentes: um país do litoral onde, os doentes acabam por ter mais oportunidades, apesar de o serviço não ser o melhor, para resolver os seus problemas de saúde e depois temos os portugueses do interior que tem muito mais dificuldades. E a Ordem dos Médicos, com esta cerimónia do Juramento de Hipócrates na Covilhã - que é uma tradição para ficar e é para se manter aqui todos os anos -, quer transmitir aqui uma mensagem muito importante ao poder político e em particular à ministra da saúde. E essa mensagem é que as pessoas do interior também têm direitos como qualquer outro português”, sublinhou Carlos Cortes. A cerimónia que este ano decorreu no Grande Auditório da FCS-UBI assume-se como um ato de grande simbolismo para os profissionais de saúde. Os novos médicos puderam ainda ouvir por parte do presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos que “há uma falta muito grande de recursos humanos nos hospitais da Covilhã, da Guarda e de Castelo Branco, onde não há investimento absolutamente nenhum”, lembrou. “Parece que existe um esquecimento de que há doentes nesta região e por isso não há necessidades de investimentos nos hospitais. Há queixas enormes sobre a falta de recursos humanos e não se pode fazer medicina e não se pode ter saúde se não existem médicos e outros profissionais. Não existe dúvida absolutamente nenhuma de que existe uma discriminação altamente negativa que prejudica as pessoas do interior”, sublinhou aquele responsável. Presente na cerimónia, Rosa Reis Marques, representante da Ministra da Saúde, deixou algumas palavras aos cerca de 80 jovens médicos: “o vosso sucesso é o sucesso do Serviço Nacional de Saúde e o sucesso de Portugal e dos portugueses”, lembrou. Em representação do Reitor da UBI, o Pró-Reitor Manuel Lemos enalteceu a “grande honra em acolher esta cerimónia, que com toda a justiça reconhece a formação médica realizada na faculdade mais interior do país, e também o esforço aplicado no desenvolvimento científico e tecnológico que a UBI tem levado a cabo em prol da região e do país”. Uma ideia reforçada pelo presidente da FCS da UBI, Miguel Castelo Branco, que confessou o “momento emocional” vivido com esta cerimónia na UBI, porque esta representa “um verdadeiro privilégio e um reconhecimento de todo um percurso e de todo um trabalho que foi feito ao longo dos anos, no sentido de criar no interior uma boa escola universitária”. |
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