Para comemorar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher celebrado a 25 de novembro, os alunos de Sociologia realizaram a iniciativa “Vamos conversar sobre Violência de Género?”.

A atividade teve inicio com o visionamento do filme “Preciosa”, onde é retratada a vida de uma adolescente que sofria de abusos do pai e da mãe, ficando mesmo grávida duas vezes do próprio pai. Posteriormente houve lugar a debate sobre o filme e o tema em questão.

Bruna Navarro, uma das organizadoras e estudante de Erasmus em Sociologia, explicou que “enquanto aluna este tipo de iniciativas é um meio de reflexão e consolidação de conhecimentos e conceitos da disciplina”

Sandra Carriço, técnica de apoio à vítima da Câmara Municipal do Fundão, foi uma das oradoras presentes na mesa e veio explicar de que forma o Gabinete de Apoio à Vítima, neste caso do Fundão, procedia em situações de violência de género.

A oradora, Sandra Carriço, sublinhou que “ainda há muito para fazer na história da violência de género e é preciso atuar e consciencializar”, acrescentado ainda que “é extremamente importante que se organizem este tipo de iniciativas no meio académico de forma a sensibilizar e informar os estudantes sobre um tema que é tão importante na atualidade”.

Alfredo Taunay, doutorando em Media Arte na UBI, foi outro dos oradores da sessão e relembrou a necessidade de se falar sobre o tema, mas alertou que “quando se fala de violência de género não é só violência à mulher, mas também como por exemplo ao transexual ou ao homossexual”.

Para além destes dois oradores, Johanna Schouten do Departamento de Sociologia da UBI também esteve presente e descreveu algumas das situações que frequentemente ocorrem e que maior parte das vezes não são reconhecidas como violência, mas que na realidade o são e tendem a piorar.

O auditório recebeu um grande número de participantes, e o debate entre o público e os oradores foi bastante acesso, com diversas intervenções. O tema tem grande relevância nos dias de hoje: os números de violência de género são elevados e a necessidade de sensibilização é cada vez mais importante, tanto no meio académico, como junto da sociedade em geral.