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Romeu e Julieta com uma xícara de açúcar
Bruno Fontoura · quarta, 26 de setembro de 2018 · Continuado O clássico shakespeariano sobre um amor proibido dentro de uma sociedade violenta e fragmentada ganha uma inusitada e deliciosa roupagem dentro do circuito de apresentações do 9º Festival ContraDANÇA. |
Cláudia Jardim e Diogo Bento na peça Romeu e Julieta (Créditos: Alípio Padilha) |
22001 visitas A nova versão de Romeu e Julieta foi apresentada nesta segunda-feira, dia 24 de setembro, para o agrupamento de escolas da freguesia de Teixoso e conta a trágica história de dois jovens apaixonados e da rivalidade entre as suas famílias de uma forma diferente. Na peça, as emoções e os personagens são representados por ingredientes de um cheesecake de queijo com goiabada, em uma aula de culinária cheia de metáforas sobre a famosa tragédia de William Shakespeare. O espetáculo é uma criação dos artistas Cláudia Jardim, Diogo Bento e Pedro Penim, do grupo Teatro Praga, e faz parte da programação do 9º Festival contraDANÇA, que reúne apresentações de arte contemporânea e busca conscientizar os espectadores das novas performances artísticas que envolvem a dança e o movimento. “Não é pelo fato de estarmos numa cidade do interior que as pessoas não devem ter acesso à fruição cultural”, argumenta Sérgio Novo, diretor artístico do grupo de teatro ASTA e um dos responsáveis pelo evento. O contato com estes tipos de espetáculos na infância também é outra proposta do festival, pois a arte carrega contextos sociais diferentes, a cultura de uma determinada época e o incentivo à criatividade e à imaginação. Explicar um conflito violento entre duas famílias e toda a sociedade repressora que fomenta esta rivalidade de uma forma leve e adequada para o público infanto-juvenil pode incentivar as crianças a olhar o mundo de uma forma mais crítica, sabendo que qualquer forma de autoritarismo pode afetar as futuras gerações. O Festival contraDANÇA retoma hoje a sua programação, após uma breve pausa de uma semana. Entre os dias 26 e 29 de setembro, no New Hand Lab, outros espetáculos farão parte do circuito, como as peças “A-norma-is”, escrita e dirigida por Rui Pires, e “O Mandarim”, de autoria de Pedro Barreiro. O evento volta no mês de outubro, com mais apresentações e workshops. |
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