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José Páscoa pediu apoio para as instituições de Ensino Superior do interior
Rafael Mangana · quarta, 19 de setembro de 2018 · @@y8Xxv A UBI recebeu uma Audição Pública no âmbito do “Portugal 2030”. Durante a cerimónia de abertura, o Vice-reitor da UBI para a área da investigação e projetos, José Páscoa, sublinhou que as instituições do Ensino Superior do interior devem constituir-se como zonas económicas especiais no âmbito da negociação dos fundos de coesão do quatro comunitário de apoio 2021-2027. |
Sessão de abertura teve lugar na Faculdade de Engenharia da UBI |
22003 visitas A Universidade da Beira Interior (UBI) foi o palco escolhido para uma Audição Pública destinada a analisar a definição do novo quadro financeiro plurianual e estratégia “Portugal 2030”. Trata-se de uma sessão promovida pela Assembleia da República, mais concretamente pela Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição da Estratégia “Portugal 2030” (CE PT 2030), que teve como pontos de partida os temas do desenvolvimento intermunicipal, Ensino Superior e Solidariedade Social. Na sessão de abertura , que teve lugar na UBI esta terça-feira, 18 de setembro, intervieram José Páscoa, Vice-reitor da UBI para a área de investigação e projetos e José Armando Serra dos Reis, vereador da câmara municipal da Covilhã. A sessão teve a moderação do deputado João Paulo Correia, Presidente da Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição da Estratégia “Portugal 2030”. Para o Vice-reitor da UBI, as instituições do Ensino Superior do interior devem constituir-se como zonas económicas especiais no âmbito da negociação dos fundos de coesão do quatro comunitário de apoio 2021-2027. “Esse conceito de uma zona económica especial associada a instituições de ensino superior no interior do país acho que se justificava em termos de massa crítica, dos factores inerentes ao empreendedorismo e à dinamização e criação de empresas nessas regiões. Também se justifica com a existência de recursos humanos qualificados que pode fazer com que empresas internacionais se venham instalar e que tenham uma capacidade completamente diferente do que se não existissem essas zonas. Eu acho que seria um factor muito importante e que permitiria que os fundos estruturais e os incentivos estivessem casados com estas zonas”. “O desenvolvimento não se faz por decreto imediato, mas sim dando condições às pessoas para elas exercerem as suas atividades, desenvolverem a economia e poderem sobreviver nestes territórios. Nesse sentido e no âmbito do futuro quadro comunitário de apoio o que esta região necessita é de estratégias de ‘scale-up’. Eu não falo de ‘start-up’ porque falar disso já o passado. Até há uma década atrás a universidade da Beira Interior era uma ‘start-up’ e hoje o que nós precisamos em termos de universidade é de um ‘scale-up’ para ajudar a economia local e também naquilo que é importante para o país”, sublinhou José Páscoa durante a sessão de abertura. José Armando Serra dos Reis, vereador da autarquia covilhanense aproveitou também a ocasião para referir que “nós sempre falhámos no preparo dos sucessivos quadros comunitários porque andámos sempre a tactear que tipo de territórios queríamos desenvolver e trabalhar porque nunca fomos capazes de os concertar devidamente, numa europa que é das regiões, nós nunca fomos capazes de concertar que tipo de regiões queríamos. A nossa perspectiva é que temos de estabilizar os territórios. Ainda continuamos a ter regiões com níveis de desenvolvimento inferiores a outras e espero que durante este quadro, de uma vez por todas, a coesão social e territorial seja tida em conta”. O segundo painel, da parte de tarde, centrou-se no Ensino Superior e instituições de solidariedade e contou com Constantino Rei, presidente do Instituto Politécnico da Guarda, António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Lino Maia, Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, e Francisco Rodrigues Araújo, Presidente do Conselho Nacional da União das Misericórdias. Tratou-se da terceira audição pública promovida pela comissão eventual de acompanhamento do processo de definição da estratégia portuguesa para o próximo quadro comunitário, que já desenvolveu iniciativas semelhantes em Leiria e em Trás-os-Montes, onde foram abordadas temáticas como a competitividade, internacionalização e coesão territorial. O trabalho da comissão termina em fevereiro de 2019, altura em que vai ser entregue uma proposta ao Governo com as principais medidas a serem implementadas no novo quadro.
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