Um conjunto de reputados filósofos nacionais e estrangeiros estiveram na Universidade da Beira Interior (UBI) para participar no 3.º Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Filosofia. O evento foi organizado em parceria com a Faculdade de Artes e Letras da UBI e decorreu na quinta e sexta-feira – dias 6 e 7 de setembro –, assumindo-se como um momento culminante de encontro da comunidade filosófica portuguesa.

Do programa fizeram parte comunicações em todos os domínios e metodologias dos estudos filosóficos. Adela Cortina, Markus Gabriel, Maria Filomena Mölder e João Branquinho foram os quatro keynote speakers presentes no congresso.

A filósofa espanhola Adela Cortina (Universidade de Valência), autora de trabalhos de grande impacto no espaço público em torno da ética civil e a filosofia social e política, tendo proposto, por exemplo, o novo conceito de “aporofobia” (fobia aos pobres). Marcam também presença o destacado filósofo alemão da Universidade de Bona, Markus Gabriel, e os consagrados portugueses Maria Filomena Mölder e João Branquinho.

Fizeram também parte dos dois dias de reflexão – nos quais participaram 250 congressistas – a análise de questões relacionadas com a Filosofia Política e Ética, com o ensino da filosofia e sobre as unidades de investigação, seus problemas e desafios.

Outro ponto alto do Congresso foi a homenagem a Artur Morão, uma das personalidades que mais se destacou no trabalho de tradução filosófica em Portugal.

Depois das edições anteriores terem decorrido na Fundação Calouste Gulbenkian e na Universidade do Porto, foi a vez da UBI receber este evento, “um sinal de reconhecimento da presença deste campo de saber académico na Faculdade de Artes e Letras, na unidade de investigação Labcom.IFP, no seu Grupo de Filosofia Prática e na própria UBI”, considera André Barata.

O docente e investigador do Departamento de Comunicação e Artes faz também parte da organização de uma iniciativa científica que é vista como “uma excelente oportunidade para fortificar o campo da Filosofia, encorajando “a participação em programas de ensino e de investigação a partir de competências e interesses, como a Ética, a Filosofia Política e a Estética, entre outras, cada vez mais socialmente relevantes nos tempos atuais”, acrescenta.