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Nobel da Física em Encontro Internacional na UBI
Rafael Mangana · quarta, 5 de setembro de 2018 · @@y8Xxv O vencedor do Nobel da Física em 2016, John Michael Kosterlitz, foi o principal convidado do FÍSICA 2018 - 21ª Conferência Nacional de Física e 28.º Encontro Ibérico para o Ensino da Física, que decorreu na UBI de 29 de agosto a 1 de setembro. |
Conferência de John Michael Kosterlitz foi no dia 30 de agosto |
21963 visitas John Michael Kosterlitz, vencedor do Prémio Nobel da Física em 2016, esteve na última quinta-feira, 29 de junho, na Universidade da Beira Interior (UBI), como orador convidado do FÍSICA 2018 – 21ª Conferência Nacional de Física e 28.º Encontro Ibérico para o Ensino da Física. O evento decorreu de 29 de agosto a 1 de setembro e teve lugar na Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, reunindo duas centenas de participantes, naquele que é o mais relevante evento do campo desta área científica dos últimos anos. O cientista apresentou na UBI a conferência com o título “Topological Defects and Phase Transitions – Vortices and Dislocations: (A random walk through physics to a Nobel Prize)”. Nascido na cidade de Aberdeen (Escócia), em 1973, estudou nas duas mais reconhecidas universidades inglesas: Cambridge e Oxford. É docente da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, desde 1982. O cientista britânico descobriu novas maneiras em que a matéria se pode organizar quando constrangida em finas camadas. Esta é uma iniciativa bienal da Sociedade Portuguesa de Física que tem coorganização da UBI e da Real Sociedade Espanhola de Física, contando ainda com o apoio de várias instituições de Ensino Superior e de investigação nacionais. Distinguido em 2016 com o Nobel da Física, Kosterlitz destacou-se pelo trabalho desenvolvido em torno das novas formas mais eficientes de armazenar informação. “O problema que se verifica ao nível do armazenamento em memória é que os sistemas que existem agora são suscetíveis de entrar em decadência. Mas ao tentar efetuar esse armazenamento com objetos topológicos, eles são muito mais estáveis e não podem ser destruídos tão facilmente. O meu trabalho explorou muito essa possibilidade. Agora é necessário criar condições para comprovar essa teoria”, sublinha. Quanto ao balanço do encontro, Sandra Soares, docente no Docente do Departamento de Física da UBI e responsável pela comissão organizadora do evento refere: “nem sei quantificar a ordem de grandeza em que as nossas expectativas foram superadas. A Física é a nossa vida todos os dias desde que nos levantamos até que nos deitamos. Se não fosse a física não existiria toda esta alegria, sobretudo com a ciência que lhe está associada”. A docente não tem dúvidas em afirmar que “sai daqui a conclusão de que a Física é importante, que não está morta. Vale a pena estudar física mas infelizmente muitos professores que temos aqui estão desmotivados com tudo aquilo que tem acontecido nas suas vidas e as lutas que tem vindo a travar. Mas eu penso que este tipo de encontros é muito enriquecedor e nos anima a não desistir e a não cruzar os braços”. Composto de sessões plenárias, sessões paralelas, minicursos e comunicações, o evento assumiu-se como um momento de encontro entre cientistas, docentes e estudantes, para divulgação da Física. Realizou-se no ano em que se comemoram os 40 anos desde a realização da 1.ª Conferência Nacional de Física, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em fevereiro de 1978. |
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