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Congresso Português de Sociologia na UBI
Rafael Mangana · quarta, 11 de julho de 2018 · @@y8Xxv O mais importante evento desta área científica arrancou esta terça-feira, 10 de julho e debate até quinta-feira, 12 de julho, a Esfera Pública, Cidadania e Democracia. |
Cerimónia de abertura decorreu esta terça-feira no Auditório das Sessões Solenes da UBI |
22002 visitas Arrancou esta terça-feira, 10 de julho, na UBI o X Congresso de Sociologia. Aquele que é o maior evento científico da área da Sociologia, tem como tema “Na era da “pós-verdade”? Esfera pública, cidadania e qualidade da democracia no Portugal contemporâneo”. A 10.ª edição do Congresso Português de Sociologia decorre até dia 12, sob a égide da Associação Portuguesa de Sociologia (APS), em colaboração com o Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI. Na Covilhã reúnem-se especialistas e investigadores – nos encontros anteriores marcaram presença centenas de participantes – para “desenvolver a reflexão em torno das reconfigurações da esfera pública, particularmente no que se refere à centralidade dos comportamentos, atitudes e opiniões construídos no e pelo ciberespaço, embora com intensas repercussões offline, abarcando o domínio do que comummente se apelida de “redes sociais””, de acordo com a apresentação do Congresso. A cerimónia de abertura desta terça-feira decorreu no Anfiteatro das Sessões Solenes e contou com as presenças do Secretário de Estado da Educação, João Costa, do presidente da Associação Portuguesa de Sociologia (APS), João Teixeira Lopes, do Reitor da UBI, António Fidalgo, do presidente da comissão local, o docente Nuno Amaral Jerónimo, e da presidente da Associação Portuguesa de Profissionais em Sociologia Industrial, Paula Urze. A sessão ficou marcada pelo repto lançado pelo presidente da APS ao Secretário de Estado da Educação, no sentido de acabar com a precariedade existente entre os profissionais da área. “É altura de exigir ao governo que forneça os adequados apoios financeiros para que as instituições possam contratar, abrindo sem mais demoras a carreira de investigador e rejuvenescendo os exauridos quadros docentes. É altura de clamar pelo cumprimento de promessas, pois a contratação de cinco mil doutores até ao final da legislatura permanece ainda no limbo das expectativas, tendo até ao momento sido celebrados apenas 71 contratos e indicados para regularização 65 docentes e igual número de investigadores. É uma gota no universo dos precários”, sublinhou João Teixeira Lopes. “Os tempos que correm não tem sido fáceis mas as dificuldades esbarram na nossa vitalidade associativa. Importa, aqui e agora, reafirmar o compromisso de que a nossa associação vai pugnar por um país espacialmente justo e territorialmente equilibrado. Não teremos futuro com as atuais assimetrias. As desigualdades territoriais dobram as desigualdades sociais e ensombram as oportunidades”, acrescentou o presidente da APS. Sem responder diretamente ao repto lançado, o Secretário de Estado da Educação defendeu que “importa que a sociologia esteja mais presente nas escolas. Nas conversas que fomos tendo eu desafiei a associação a fazer este trabalho de proximidade nas escolas e há um desafio que eu gostava muito que abraçassem que é o projeto Cientificamente Provável e onde convidámos as unidades de investigação portuguesas a apadrinharem bibliotecas escolas. Eu acho que pode ser uma ponte importante de aproximação entre as escolas secundárias e os nossos centros de investigação e é um caminho que já devia ter começado há muito tempo”, considerou João Costa. Quanto ao evento propriamente dito, além dos especialistas nacionais, a conferência de abertura contou com Craig Calhoun, responsável pelo Instituto Berggruen, uma organização que se dedica a pensar modelos de políticas, económicas e sociais do século XXI, marcado por realidades como a tecnologia e a globalização. Ao longo dos três dias, a organização propõe a discussão de 16 secções temáticas: “Ambiente e Sociedade”, “Arte, Cultura e Comunicação”, “Classes, Desigualdades e Políticas Públicas”, “Conhecimento, Ciência e Tecnologia”, “Experiências e Perfis Profissionais”, “Famílias e Curso de Vida”, “Pobreza, Exclusão Social e Políticas Sociais”, “Segurança, Defesa e Forças Armadas”, “Sexualidade e Género”, “Sociologia da Educação”, “Sociologia da Saúde”, “Sociologia das Emoções”, “Sociologia do Consumo”, “Sociologia do Desporto”, “Sociologia do Direito e da Justiça” e “Trabalho, Organizações e Profissões”. São Áreas Temáticas do congresso “Crenças e Religiosidades”, “Dinâmicas Populacionais, Gerações e Envelhecimento”, “Globalização, Política e Cidadania”, “Identidades, Valores e Modos de Vida”, “Migrações, Etnicidade e Racismo”, “Teorias e Metodologias”, “Territórios: Cidades e Campos” e “Turismo e Lazer”.
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