Cerca de 120 estudantes do Ensino Secundário de Norte a Sul do país iniciaram esta segunda-feira, 2 de julho, mais uma edição da Universidade de Verão, uma iniciativa que durante cinco dias pretende dar aos jovens alunos uma perspetiva geral do ambiente universitário e dar a conhecer as várias áreas científicas da Universidade da Beira Interior (UBI).

“Este é um evento muito importante, porque permite fazer uma experiência como universitário e um contacto com as diferentes faculdades da Universidade, com a cidade e com a região, que muitas vezes podem ser aspetos decisivos para a escolha de muitos destes alunos para o seu futuro e muitos deles ingressam depois na Universidade da Beira Interior”, sublinha Eduardo Cavaco, docente da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) e coordenador da iniciativa. “Foram preenchidas 118 das 125 vagas, ou seja, estamos quase com a lotação máxima, o que é muito positivo, e em algumas faculdades temos listas de espera”, revela.

“Todos os anos procuramos fazer um programa diversificado, criativo, original e ao mesmo tempo muito apelativo. Houve uma preparação com os professores responsáveis das várias faculdades e os secretariados, no sentido de dinamizarem atividades que mostrem ao mesmo tempo as potencialidades da nossa universidade, mas que também tenham um caráter atrativo e dinâmico. A Universidade de Verão este ano está muito bem construída e está com uma dinâmica muito eficaz”, considera Eduardo Cavaco.

O programa a iniciativa prevê a realização de atividades nas cinco faculdades, que convidam os participantes a viver a experiência de ser um aluno da UBI. Passam pelas salas de aula e laboratórios de investigação científica, entre outros, sempre em contacto direto e acompanhados de atuais estudantes e docentes da instituição.

A UVerão 2018 é composta por programas específicos em cada faculdade – que cada participante deve escolher de acordo com as suas preferências – e atividades conjuntas que vão mostrar a cidade da Covilhã e a Serra da Estrela.

Esta segunda-feira, 2 de julho, os 118 alunos já se dividiram em cinco grupos, representativos de cada uma das cinco faculdades da UBI: Faculdade de Artes e Letras, Faculdade de Ciências, Faculdade de Ciências da Saúde, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e Faculdade de Engenharia.

Quanto aos resultados da iniciativa para a instituição, “nós vemos que mais de 60 por cento dos alunos participantes são provenientes dos distritos de Castelo Branco e da Guarda e muitos deles optam depois por vir para a UBI e esta experiência só os faz ter uma certeza antes de conhecerem a realidade da própria universidade”, destaca Eduardo Cavaco.

Um desses potenciais alunos é Miguel Alves. Finalista do Ensino Secundário, o jovem de 17 anos proveniente de Mafra, ainda tem poucas certezas quanto ao futuro, mas adianta que a iniciativa “serve mesmo para isso”. Miguel Alves revela que “já conhecia a UBI” e que pondera concorrer para a instituição, até porque “sempre me falaram, principalmente, do bom ambiente entre os estudantes e que é uma universidade diferente do resto do país, porque aqui as pessoas estão mais próximas”.

Com um tio professor na UBI, Leonor Pinheiro, da Escola Secundária de Benfica (Lisboa), também já tinha ouvido falar na instituição. Ao contrário de Miguel, ainda tem mais um ano para pensar no futuro, mas não tem dúvidas: “tenho uma boa impressão desta universidade e com esta atividade penso que conseguirei saber mais sobre os cursos e assim consiga ter uma ideia mais clara sobre o que quero seguir quando entrar no Ensino Superior”.

Na cerimónia de abertura da Universidade de Verão 2018, o Reitor da UBI aproveitou para reforçar que “a universidade deve ser vivida 24 horas por dias, sete dias por semana. O que se aprende nas aulas é muito importante, porque esse é o segredo de um bom estudo, mas há ainda a imersão. A vantagem da Covilhã e da UBI é essa: sai-se da universidade, mas ela continua nos espaços da cidade, como nos cafés, por exemplo”, sublinhou António Fidalgo.

O cuidado das cinco faculdades na preparação de programas específicos “para mostrar um pouco do que se faz nos cursos de cada uma, de forma interessante e para que possam gostar” foi outro dos aspetos focados durante a sessão por Helena Alves, presidente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. A docente interveio em representação de todas as faculdades e aproveitou a ocasião para destacar duas das grandes vantagens da Universidade de Verão 2018 para os alunos participantes:  “a aprendizagem em termos científicos e as amizades que perduram”.