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Projeto da UBI estuda formas de prevenção de extremismos em multidões
Urbi · quarta, 20 de junho de 2018 · Investigação da UBI financiada pela FCT pretende desenvolver um sistema multilíngue capaz de detetar multidões emergentes. |
Projeto vai ser desenvolvido na UBI durante os próximos três anos |
21970 visitas A Universidade da Beira Interior (UBI) vai desenvolver, nos próximos três anos, o projeto de investigação designado de MOVES - Monitorização Virtual de Multidões em Cidades Inteligentes, que se propõe desenvolver um sistema de vigilância multilíngue capaz de detetar multidões emergentes, identificando eventos crescentes que promovem alta concentração, alta energia e alta emoção nas redes sociais. Os trabalhos têm início no mês de julho, com financiamento do Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica da Fundação para a Ciência e Tecnologia, e poderão resultar na prevenção de possíveis reações de extremismo por parte de pequenos grupos. Como ponto de partida do MOVES está a ideia de que manifestações, motins e multidões têm um impacto muito grande nas sociedades, de várias maneiras. A médio prazo, o comportamento coletivo das multidões pode ser um agente de mudança social e uma afirmação dos costumes e estruturas sociais existentes, mas, a curto prazo, podem ter consequências dramáticas, como assassinatos, massacres ou danos materiais. O projeto situa-se no cruzamento de importantes tópicos de investigação científica, nomeadamente informática urbana, processamento de linguagem natural para os media sociais, análise preditiva sobre grandes dados sociais e análise de imagens sentimentais. De acordo com o investigador principal do MOVES, Sebastião Pais, “a hipótese fundamental é que as multidões virtuais evidenciem características semelhantes às multidões reais/presenciais. Tal poderá permitir a sua modelização em termos de sistemas computacionais complexos, confiando no processamento avançado de linguagem natural e nas técnicas de aprendizagem automática”. Com este projeto sai reforçada na UBI uma nova área de investigação em Processamento da Linguagem Natural, através de metodologias não supervisionadas e independentes da língua. A investigação vai desenvolver-se integralmente na UBI, especificamente no HULTIG - Centro de Tecnologia da Linguagem Humana e Bioinformática e SOCIALAB - Soft Computing and Image Analysis Laboratory at UBI. Além de Sebastião Pais, docente do Departamento de Informática da UBI, fazem parte da equipa do MOVES João Paulo Cordeiro e Luís Alexandre, docentes do mesmo Departamento. O projeto foi avaliado pela FCT para um financiamento global superior a cerca de 240 mil euros e vai ter a duração de 36 meses.
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