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Start-up desenvolvida na UBI vence final portuguesa da ClimateLaunchpad
Urbi · quarta, 20 de junho de 2018 · @@y8Xxv Ideia do docente e investigador João Castro Gomes e do estudante de doutoramento Pedro Humbert propõe transformar a indústria da construção civil com a introdução de materiais feitos com recurso a resíduos industriais. |
Start-up foi desenvolvida pelo docente e investigador João Castro Gomes (à direita) e pelo estudante de doutoramento Pedro Humbert (à esquerda) |
22009 visitas A start-up eCO2Block, desenvolvida pelo docente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura (DECA), João Castro Gomes, e pelo estudante de doutoramento da UBI, Pedro Humbert, venceu a final portuguesa da ClimateLaunchpad. Naquela que é a maior competição mundial de ideias de negócio com base em tecnologias ambientalmente sustentáveis ligadas ao clima, a equipa dos dois elementos da Universidade da Beira Interior apresentou o projeto que visa a produção de materiais de construção (blocos) utilizando apenas resíduos industriais e dióxido de carbono (CO2). Além de todas as vantagens assinaláveis para o ambiente, representam um custo de fabrico 40 por cento mais baixo, mas com as mesmas capacidades dos tradicionais blocos de cimento. A ideia convenceu o júri composto por especialistas na final que decorreu no Porto, no dia 7 de junho, e levará João Castro Gomes e Pedro Humbert à final internacional do “ClimateLaunchpad”, que decorre em Edimburgo, nos dias 1 e 2 de novembro. Este concurso patrocinado pela Comissão Europeia já mobilizou 2.500 ideias de todo o mundo e 111 startups. Os estudos de investigação e desenvolvimento de suporte à eCO2Block decorrem no C-MADE/UBI - Centro de Investigação em Materiais e Tecnologias Construtivas da UBI. “A eCO2Block ambiciona transformar completamente a indústria da construção civil e tem como objetivo substituir cimento, areia, brita e água por resíduos industriais, na produção de blocos e produtos de construção”, explica João Castro Gomes, acrescentando que a start-up procura já investimentos na região centro, em particular na Covilhã, para instalar uma unidade industrial, por forma a produzir materiais de construção 100% reciclados e que absorvem CO2 no seu processo produtivo, entre os 6 e os 18 por cento, dependendo do produto. “Deste modo, resíduos industriais, água não potável e CO2 tornam-se as matérias-primas dos produtos de construção, contribuindo para um ambiente com menor quantidade de resíduos, menor consumo de recursos minerais, de água potável e diminuição das emissões de gases de efeito de estufa. A título de exemplo, um bloco de alvenaria de 25kg gera um saldo (entre absorção e não emissão) de 10kg de CO2 por bloco”, salienta. Estas investigações em curso inserem-se nos objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), visando a concretização das suas metas, nomeadamente nos objetivos ambientais, como “reutilização e reciclagem da água”, “uso eficiente dos recursos naturais” e, ainda, ao “combate e adaptação às alterações climáticas”, já refletidos nos cursos de Mestrado e Doutoramento em Engenharia Civil da UBI.
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