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Pastas benzidas em dia de diversidade religiosa
Rafael Mangana · quarta, 23 de maio de 2018 · @@y8Xxv Cerca de 900 finalistas da UBI benzeram as suas pastas, numa cerimónia que este ano teve a particularidade de ser aberta a todas as religiões. |
A diversidade religiosa foi a novidade deste ano da Bênção. Foto: Fábio Giacomelli |
21972 visitas Cerca de 900 estudantes da UBI chegaram ao fim de um importante percurso académico. O ultimo sábado, 19 de maio, marcou a Bênção dos Finalistas e das suas pastas, numa cerimónia que este ano fica marcada pela abertura a todas as religiões que se quisessem associar à Bênção. Tratou-se, por isso, da primeira cerimónia ecuménica do género em Portugal e contou, para além da Igreja Católica (representada pelo Bispo da Diocese da Guarda), com responsáveis de duas igrejas evangélicas. A decisão inédita partiu da própria diocese da Guarda e da Capelania da UBI e deverá repetir-se no próximo ano. Organizado pelo UBICAP – Centro Académico Pastoral da UBI, com o apoio da Reitoria da UBI e de outras instituições da cidade, o evento tentou assim promover a diversidade religiosa. O evento – que no total contou com 9 mil participantes - decorreu na zona exterior da Faculdade de Ciências da Saúde e foi antecedido do cortejo dos finalistas, que começou no Complexo Desportivo da Covilhã. As estolas usadas na cerimónia foram desenhadas e produzidas pelos alunos de Design de Moda da UBI e o crucifixo colocado no palco foi fabricado no FabLab da UBI. Num dia de muitas emoções, Helena Silva substituiu a filha Catarina Morais, finalista de Marketing, que não conseguiu expressar por palavras o sentimento de três anos intensos na Covilhã. “É emocionante chegar a esta etapa e só esperamos que ela tenha êxito profissional e que o futuro seja brilhante. Que seja feliz e isto é mais uma ferramenta para o conseguir”, considera Helena Silva. Para o pai da finalista de Montemor-o-Velho, o dia compensou “pelo prazer de a ver chegar aqui. Valeu a pena o esforço”, assegura. Eduardo Morais revela que “a Covilhã acabou por ser uma agradável surpresa para nós”. Quanto à opção de abertura da cerimónia a todas as religiões, Eduardo Morais considera que é “um “orgulho ter uma filha que se formou numa instituição com esta visão de promoção da diversidade”. A mesma opinião tem Sofia Pereira, que considera a medida “muito positiva”. A finalista de Medicina conta que os seis anos de curso “passaram num instante”. “É muita emoção, é o final de uma etapa e o inicio de outra e estou muito orgulhosa por mim e pelos meus colegas, por termos chegado com sucesso ao final desta etapa. Aqui vivi momentos bons e menos bons e esses momentos fizeram de mim aquilo que sou hoje e levo amigos para a vida”, garante. Sofia Pereira veio para a UBI há seis anos vinda da ilha da Madeira e garante que “foi tudo tão rápido que nem houve tempo para pensar. Na altura estava triste, mas hoje olho para trás e foi muito bom”. Durante a cerimónia, o Reitor da UBI lembrou aos finalistas que, “após vários anos de entrega e de dedicação, cumpriu-se o sonho. Faz, portanto, todo o sentido que este momento seja vivido em festa, junto daqueles que têm seguido o vosso percurso: familiares, colegas, os amigos de sempre e os que aqui conquistaram, entre os estudos e a vivência dos tempos académicos”. António Fidalgo sublinhou também que “a longa marcha que agora se inicia pode ser mais árdua para uns do que para outros, mas cada um deve fazer o melhor uso das competências que aqui adquiriu e das capacidades próprias para pôr os seus conhecimentos ao serviço da sociedade e também para ter a coragem de se assumir como protagonista do seu próprio destino”. O presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) lembrou “ os ‘caloiros’ que cruzavam o arco da UBI pela primeira vez, que descobriam as ruelas inclinadas da nossa Covilhã e os seus encantos, e que saem hoje homens e mulheres, preparados para os desafios que agora terão pela sua frente”. Afonso Gomes dirigiu-se aos finalistas, colegas da UBI, e sublinhou as “experiências únicas que certamente levaremos connosco eternamente e conhecemos provavelmente aqueles que serão os nossos inesquecíveis amigos para a vida. Que o futuro vos sorria sempre e nunca se esqueçam: uma vez ubiano, ubiano para sempre”.
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