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A "escola doutoral" como desafio
Rafael Mangana · quarta, 16 de maio de 2018 · @@y8Xxv Na tomada de posse de Paulo Serra como novo presidente do Instituto Coordenador de Investigação (ICI) e de Anabela Dinis como Vice-reitora, o Reitor da UBI lançou o desafio ao docente da Faculdade de Artes e Letras: transformar o ICI numa "escola doutoral". |
Tomada de posse decorreu na terça-feira, 15 de maio, na Sala do Senado da UBI |
22004 visitas “O desafio que aqui fica ao ICI é, trabalhando com as unidades de investigação e com os terceiros ciclos, criarmos uma escola doutoral. Que não será roubar autonomia às outras unidades orgânicas, mas é para esta unidade orgânica que é o ICI e que tem a mesma dignidade que as faculdades, trabalhando em conjunto e serem os seis - os cinco presidentes das faculdades mais o presidente do ICI - em conjunto com a reitoria, nomeadamente com a vice reitoria de investigação e projetos (para isso também precisamos de projetos), criarmos uma escola doutoral vibrante”, sublinhou esta terça-feira, 15 de maio, António Fidalgo, na tomada de posse do docente da FAL, Paulo Serra. “É isso que nós pretendemos e é o desafio que fica feito ao Professor Paulo Serra e que eu tenho a certeza que será concretizado”, afiançou o Reitor. Joaquim Paulo Serra, professor catedrático da FAL, é o novo presidente do ICI, substituindo Paulo Moniz, que apresentou na semana passada a demissão do cargo de Vice-reitor para a Investigação. Na cerimónia de tomada de posse de terça-feira, António Fidalgo aproveitou para reforçar a importância da investigação para a Universidade. “O que caracteriza verdadeiramente uma universidade é o ensino ser feito no ambiente de investigação, isso é que é ser universidade, não é repetir programas feitos por outros”, enfatizou. “A partir do trabalho de cada um, cada professor é também um aluno na medida em que quando se começa a ensinar e se recorre também aos nossos mestres e fazer como eles nos ensinaram e tentar melhorar, e nessa cadeia que nós chamamos tradição continuar nessa senda de aumentar o conhecimento”. Considerando que “o desafio não podia ter sido colocado em termos mais claros”, o presidente empossado do ICI lembrou que “a Universidade tem várias unidades de investigação, tem vários cursos de doutoramento em funcionamento que funcionam de forma isolada, autónoma. Autonomia geralmente é um bem, mas o desafio agora é tentar coordenar o trabalho, quer das unidades de investigação, quer dos doutoramentos, quer das unidades de investigação e dos doutoramentos, e ver o que é que cada unidade e cada doutoramento faz de melhor e tentar que haja uma partilha com as outras unidades e os outros doutoramentos”, referiu Paulo Serra. A captação de alunos de outras latitudes será uma das estratégias a adotar para atingir os objetivos. “Essa captação tem sido mais fácil e continuará a ser mais fácil nos países de expressão portuguesa, nomeadamente no Brasil, que tem muita população e tem uma fraca oferta em termos de doutoramentos, portanto há uma grande procura à qual Portugal poderá responder e obviamente depois tentar articular com alguns países mais próximos, como é o caso de Espanha onde poderemos, se não captar alunos, pelo menos juntar forças com programas de doutoramento que existem e que já têm contactos connosco”, defendeu o presidente do ICI. Na cerimónia que teve lugar na Sala do Senado, na Reitoria da UBI, tomou também posse Anabela Dinis, docente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH). A docente, que era Pró-Reitora para a Responsabilidade Social, assume agora a Vice-Reitora com os pelouros de Finanças e Pessoal, mantendo também o da Responsabilidade Social. António Fidalgo não tem dúvidas em afirmar que “a professora Anabela Dinis irá dar um contributo significativo no trabalho que temos pela frente, tanto na parte que já vinha assumindo da responsabilidade social, como na parte dos assuntos financeiros com que a universidade sempre se debate e temos que ter sempre em atenção, e também dos recursos humanos”. Anabela Dinis sublinha a “grande responsabilidade” que tem pela frente para “garantir que a universidade mantém a performance e melhora a sua performance tanto em termos financeiros como também sobretudo em termos humanos, porque tem feito um grande esforço, as pessoas têm estado sobrecarregadas de trabalho precisamente porque o equilíbrio financeiro tem sido muito frágil e, portanto, a ideia é conseguir melhores condições para quem trabalha, conseguindo também melhores condições financeiras para a universidade”, lembra. “É um grande desafio, uma grande responsabilidade, sobretudo depois de um trabalho que tem vindo a ser feito muito bem por quem me antecedeu”, enalteceu a docente da FCSH. O Reitor da UBI aproveitou também a ocasião para reforçar a questão da sustentabilidade financeira da instituição. Nesse sentido, António Fidalgo deixou “uma palavra muito grande de apreço ao Professor Mário Raposo, que de certa forma é quem me tem introduzido nas questões financeiras de contabilidade, e com ele continuo porque realmente é o braço direito do Reitor e é ele quem representa o Reitor nas ausências e o coadjuva, e, portanto, nós temos que lutar pela sustentabilidade financeira da instituição”. António Fidalgo vincou, ainda, que assumirá o cargo “até ao último momento, até à tomada de posse do novo Reitor e, portanto, que tudo farei a qualquer momento e em qualquer circunstância para aquilo que eu considero que é o bem para a Universidade da Beira Interior”. “Há vontade firme de prosseguir este caminho e de levarmos a bom termo, de chegarmos a 2021 como uma universidade mais forte em todos os aspetos, mas sobretudo com um bastante maior grau de reconhecimento perante os nossos pares”, rematou o Reitor. |
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