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Festa do Sineiro regressou às origens
Afonso Canavilhas · quarta, 9 de maio de 2018 · @@y8Xxv Quatro anos depois, o espaço adjacente à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas voltou a receber a Festa do Sineiro. O rapper ProfJam foi cabeça de cartaz num evento que, entre “sunsets” e “afters”, durou mais de 15 horas. |
Foto: "Out of Frame Productions" |
22012 visitas “Não deixes que a apatia te venha puxar mano”. A “apatia” citada por ProfJam na sua lírica esteve longe de caraterizar a VII Festa do Sineiro, evento dinamizado pelos núcleos de Ciências do Desporto, Marketing, Economia, Ciências Políticas e Relações Internacionais, Psicologia e Gestão que decorreu na noite de 3 para 4 de maio. Nuno Cruz, um dos responsáveis pela organização e presidente do núcleo de estudantes de Ciências Políticas e Relações Internacionais, afirmou que a atual edição da Festa do Sineiro “correu muito bem”, realçando o “feedback extremamente positivo”. Em ano de regresso “à base”, no espaço exterior à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, a “Festa do Sineiro” começou mais cedo que o habitual com a realização de um “sunset” a partir das 17h00. Ao invés das habituais cinco horas, por forma a aumentar o período de faturação, a organização optou por aumentar o período festivo para 15 horas, com o evento a culminar com a realização de um “after” na “Companhia Club” que durou até às 9h00 da manhã. O balanço do sunset foi de tal forma positivo que, segundo a organização da “Festa do Sineiro”, vai realizar-se mais uma edição até ao final do semestre. Em relação às edições anteriores, manteve-se a aposta no estilo musical e o hip hop português voltou a estar representado, desta feita pela voz de ProfJam, um dos valores revelados pela Liga Knockout, uma competição de battles escritas e “acapella” entre MC’s portugueses que tentam vingar no mundo do rap. DJ Slimcutz, Sugar Daddies e Tunamus completaram o cartaz. Quem é ProfJam Mário Cotrim, ProfJam no mundo do hip hop, iniciou-se no rap em 2008, lançou o primeiro álbum (Profecia) em 2012 e graças à participação na Liga Knockout que saltou para as luzes da ribalta. Um ano depois da participação, em 2014, lançou a mixtape “The Big Banger Theory”, seguindo-se “Mixtakes”, trabalho que lançou já ao serviço da editor que fundou: Think Music Records. Em 2017 lançou os singles “Matar o Game” e “Mortalhas” e já este ano, em fevereiro, lançou “Yabba”. No palco do Sineiro, ProfJam apresentou os seus novos trabalhos, mas houve quem lamentasse a ausência de alguns clássicos do trabalho de Mário Cotrim. Pedro Jorge, aluno da Universidade da Beira Interior, lamentou o facto de não ter ouvido “Nuvens”, “um dos seus temas preferidos” do artista lisboeta. Mais de 1500 pessoas no Sineiro As expectativas para a VII Festa do Sineiro estavam nos píncaros, não só pelo regresso à zona norte da cidade e às imediações da cidade, mas também pelo saldo francamente positivo da edição anterior: em 2017, cerca de 2 100 pessoas foram até ao Pavilhão da ANIL para ouvir o rapper Piruka, convertendo a VI edição da festa naquela que maior afluência teve. Note-se que, no ano passado, a festa foi realizada antes de um feriado. Segundo Nuno Cruz, a afluência da atual edição permitiu “cumprir os requisitos mínimos para pagar a logística do evento” num ano em que o número de patrocinadores e o orçamento aumentaram. De resto, o responsável pelo núcleo de CPRI elogiou o trabalho de uma equipa “incansável” que teve que desmontar e montar o recinto em menos de 48 horas. As noites longas regressarão ao Sineiro no primeiro semestre do próximo ano letivo com a realização da Receção ao Sineiro. |
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