A iniciativa realizou-se a 24 de abril, véspera do Dia da Liberdade, depois de a ideia ter surgido na disciplina de Programação e Organização de Eventos Culturais, do 3º ano do curso de Ciências da Cultura, frequentada por Carla Jorge, Jéssica Costa e Marília Almeida, as três estudantes que assumiram a realização da iniciativa.

Apesar da estranheza constante por parte dos idosos, muitos foram os que participaram, mesmo que com algumas dificuldades. “A atividade baseou-se em trabalhos manuais. Fizemos uns pequenos teares de cartão e uns crachás em forma de cravos. O objetivo era tentar pegar na história de carácter têxtil da cidade da Covilhã, e interligá-la com a atividade”, explica Jéssica Costa, uma das organizadoras.

Sem ajudas externas não teria sido possível realizar o evento, segundo Jéssica, que destaca a ajuda recebida por parte do Burel de Manteigas, unidade fabril da Serra da Estrela que trabalha com tecido de lã artesanal. “Eles forneceram-nos todo o material necessário para desenvolver a atividade”.

Os sindicatos dos trabalhadores têxteis forneceram também um minidocumentário sobre a data, que as alunas exibiram no decorrer do evento, antes de o dia acabar com um lanche convívio.

“A ideia de realizar a atividade ganhou forma quando reparamos que os idosos do lar não tinham qualquer tipo de iniciativa para celebrar o 25 de Abril. Não fazia sentido não haver nenhuma atividade, porque foram eles que viveram essa data”, conta Marília Almeida.

De acordo com as estudantes, os responsáveis pelo Lar de São José estiveram sempre disponíveis para tudo o que fosse necessário e apelaram a que as alunas voltassem para a realização de mais atividades, mostrando-se abertos a novas ideias.

Carla Jorge refere que a reacção ao evento foi bastante positiva. “Não contávamos ter tanta recetividade por parte dos idosos. Eles gostaram muito, divertiram-se, foi um dia diferente”, conta a estudante. “Esperamos voltar a fazer este tipo de atividades, porque valeu a pena a experiência, o carinho deles e a alegria”.