Ruben Matos e Duarte Santos, fazendo-se acompanhar das suas guitarras, deram voz aos clássicos de Zeca Afonso, como “O que faz falta” ou “Menina dos olhos tristes”. “Cantar Zeca é a minha forma de passar o seu testemunho”, referiu Ruben Santos.

O público, constituído maioritariamente por nascidos antes de 1974, aderiu com emoção e espírito revolucionário. “Foi um voltar a trás no tempo”, disse Maria José, que assistiu à atuação.

O cantor e compositor português foi uma figura de destaque no derrube do Estado Novo, regime de ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974. A “Grândola, Vila Morena” foi a composição musical utilizada como senha pelo Movimento das Forças Armadas na revolução dos cravos.

Com a incidência política que as suas canções ganharam, a música de Zeca Afonso representa hoje uma parte importante da cultura poética portuguesa