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UBI recebe III Seminário Jovem IDN
Rafael Mangana · quarta, 11 de abril de 2018 · Iniciativa contou com a presença do ministro da Defesa Nacional, que anunciou alterações à lei de programação militar no âmbito da ação externa de Portugal ao nível da defesa. Terceira edição trouxe à UBI mais de duas dezenas de apresentações. |
Anfiteatro 7.21 da FCSH da UBI encheu para a cerimónia de abertura |
21973 visitas Depois de Lisboa (novembro de 2016) e de Braga (abril de 2017), foi a vez da Covilhã e da Universidade da Beira Interior (UBI) receberem o Seminário IDN Jovem. Entre os dias 5 e 6 de abril decorreu, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da UBI a III edição do evento. Trata-se de uma parceria entre o Instituto da Defesa Nacional (IDN) e um conjunto de núcleos de estudantes de Ciência Política e Relações Internacionais de várias universidades portuguesas, que visa criar uma oportunidade de reflexão e debate informado sobre matérias de segurança e defesa. Durante dois dias, foram apresentadas mais de duas dezenas de apresentações selecionadas por um júri composto por docentes de várias universidades, a partir de um call for papers lançado em novembro de 2017. O evento contou, para além de apresentações de três reputados Keynote Speakers – Ana Santos Pinto (docente e investigadora da FCSH-Universidade Nova de Lisboa), António Gameiro Marques (Diretor-Geral do Gabinete Nacional de Segurança) e Pedro Veiga (coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança) - com apresentações pelos estudantes dos trabalhos que se enquadraram nas seguintes temáticas: Ameaças Transnacionais; Política Externa; Segurança Energética e Economia; Migrações e Direitos Humanos; e Informação e Segurança no Ciberespaço. “O objetivo é, por um lado, dar visibilidade aos trabalhos de investigação desenvolvidos pelos estudantes, promovendo um fórum de discussão qualificado sobre matérias relevantes para a segurança e defesa nacional; por outro lado, o IDN publicará na sua linha editorial os artigos agora apresentados, que serão objeto de acompanhamento por parte de um conjunto de especialistas”, referiu durante a cerimónia de abertura Vítor Rodrigues Viana, Diretor do IDN. O ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, presidiu à cerimónia de abertura do evento e adiantou que o governo pretende avançar com a revisão da lei de programação militar no âmbito da ação externa de Portugal ao nível da defesa. “Convivo bem com o que os meus antecessores fizeram, mas aqui acho que vai ser necessário ter uma intervenção”, sublinhou o ministro, referindo-se à adequação da legislação a fenómenos atuais, como a cibersegurança, migrações e direitos humanos e ameaças transnacionais. “Para perceber isso, basta analisar os temas que aqui estão propostos neste seminário e que não estão integrados em nenhuma norma ou conceito que lhes dê sentido, os integre e o faça serem perceptíveis à academia e aos cidadãos. Se eu não sou capaz de explicar, com base no direito e na prática vigente, o que é a ação externa da defesa nacional então temos um problema”, vincou. O reitor da UBI aproveitou a ocasião para lembrar o trabalho da instituição no apoio a este tipo de atividades. “Tudo temos feito e vamos continuar a fazer para apoiar a realização de atividades de relevo para as comunidades do interior, contribuindo para o progresso do meio onde estamos inseridos. Não há dúvida que a UBI hoje se pode considerar como uma das instituições do estado mais importantes e sólidas de todo o arco do interior. Os quartéis saíram da nossa região, também aqui da Covilhã, mas veio a universidade. E isso é também uma presença do estado importante e também um ato de afirmação da nossa soberania”, lembrou António Fidalgo. |
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