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Poesia e música uniram-se pela floresta
Leandra Lícia · quarta, 28 de mar?o de 2018 · Sete escritores declamaram os seus poemas, acompanhados pelos alunos de guitarra da Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI). Foi uma forma de assinalar o Dia Mundial da Poesia e também de ajudar a Câmara da Covilhã a proteger as florestas. |
21991 visitas Teresa Reis, Anabela Machado, Rogélia Proença, Maria Gonçalves, Maria Alice Peixeiro, António José Silva e José António Pinho têm diversas obras publicadas e não deixaram de partilhar um pouco dos seus poemas com o público, no dia 21 de março, data que também assinala o Dia Mundial das Florestas. Os escritores, manifestando a sua ligação à natureza e prontos a contribuírem para a atenção de que as florestas precisam após os incêndios do passado verão, reuniram-se nas arcadas da Câmara Municipal. Maria Alice Peixeiro define-se como “escritora, pintora, restauradora e muitas outras cosias”. Em conversa com o Urbi, afirma que a poesia significa interpretar a vida e confessa ter sempre necessidade de escrever para melhor ver o mundo: “A poesia só sai quando uma pessoa tem um sentido diferente de encarar as coisas”. Maria Gonçalves, que assina as obras como Nana Ferreira Gonçalves, diz que sempre viveu no meio da natureza. Desde sempre habituada à sua quinta, a escritora revela que não conseguiria viver na cidade e chama aos prédios “gaiolas”. Nos seus versos – “a terra mãe ecoa nesta folha de papel” – exprime a íntima união entre a sua escrita e a natureza. A declamação de Teresa Reis culminou, por sua vez, com “um pedido de perdão ao universo”. Hoje é necessário pedir desculpa pelos maus atos que cometemos para com a natureza, sustenta. Teresa Reis diz que a poesia é algo que lhe acontece espontaneamente e defende que estes eventos devem repetir-se, por se tratar de momentos especiais. A poesia é algo de diferente, é como contar uma história, assegura a escritora. “A poesia tem música e essa música vem da natureza. Poesia é musicar as palavras e brincar com elas, torná-las uma espécie de canção da nossa alma”. O evento decorreu no dia em que se inaugurou, também, uma exposição de trabalhos escolares produzidos por alunos de várias escolas, jardins-de-infância e creches do concelho. A mostra, no antigo edifício da PT e nas arcadas da Câmara Municipal, ficará aberta ao público até 28 de março. O vereador José Armando Serra dos Reis agradeceu a todos os que participaram na iniciativa e “que, num curto espaço de tempo, realizaram trabalhos magníficos” ligados à floresta e à necessidade de prevenção.
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