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Estudantes de Biotecnologia reuniram-se na Covilhã
Francisco Nascimento · quarta, 28 de mar?o de 2018 · @@y8Xxv Futuros profissionais deslocaram-se até à UBI para quatro dias de aprendizagem. Primeiro dia foi marcado pela presença de investigadores consagrados. |
Encontro nacional decorreu no Grande Auditório da FCS (Foto: ENEBT) |
22065 visitas O Encontro Nacional de Estudantes de Biotecnologia (ENEBT) realizou-se pela segunda vez na Covilhã. Muitos estudantes da área decidiram começar as férias da Páscoa de forma pouco habitual e, vindos dos quatro cantos de Portugal, chegaram ao interior para participarem em conferências e momentos de diversão. A quarta edição do evento, entre 23 e 26 de março, fez da cidade serrana o centro nacional para os estudantes de um curso que é multidisciplinar. A sessão de abertura teve lugar no grande auditório da Faculdade de Ciências da Saúde, onde estiveram presentes cerca de 200 alunos. O vice-reitor da UBI para o ensino, João Canavilhas, afirmou no discurso de abertura que a região tem inúmeras oportunidades de emprego para os estudantes e que a UBI oferece uma panóplia de opções caso os alunos decidam prosseguir os estudos. O dirigente da UBI aponta, também, o esforço que a reitoria tem feito no sentido de se organizarem encontros nacionais na Universidade. Este ano, a instituição conta já com quatro encontros de âmbito nacional promovidos pelos alunos. O vice-reitor realçou ainda que a universidade sediada na Covilhã tem como mote “ser melhor do que parecer”: está ao nível das instituições do litoral, embora tal não seja perceptível para muitos. Depois de um interregno de dois anos, o encontro foi recuperado em 2017 pela mão dos alunos da Universidade de Aveiro. Desde aí, a caminhada dirigiu-se para a Covilhã, sob o comando de Tiago Pereira, aluno de mestrado em Biotecnologia na UBI. O responsável pela organização do evento declara que esta é uma oportunidade para mostrar as valências da Universidade, bem como a “boa ligação entre os professores e os estudantes”, refere. Tiago Pereira reconhece que se tentou “manter o mesmo fio condutor” das edições anteriores. Contudo, em relação às atividades lúdicas, a organização optou por realizar festas todas as noites, ao invés do que acontecia nas edições transatas. Com isso, pretendeu-se criar uma maior interação entre os participantes. Em relação ao ano passado, houve um decréscimo no número de estudantes. Segundo a organização, a quebra deve-se aos preços praticados nos alojamentos da região, devido à neve e à época festiva. O Núcleo de Estudantes de Biotecnologia (UBIOTEC) destaca a presença de alunos da UBI em todas as edições do evento. Rita da Costa, presidente do núcleo, congratula-se com a adição de um dia ao encontro, visto que os programas anteriores contavam com apenas três dias. Também o facto de se realizarem roteiros, com o objetivo de dar a conhecer a Covilhã e a Serra da Estrela, merecem nota de relevo por parte do núcleo. Contudo, a coincidência com outro encontro nacional na UBI, mostra que “a Covilhã não está preparada para receber tanta gente ao mesmo tempo” e revela dificuldades logísticas, considera Rita da Costa. O orador inicial no primeiro dia do encontro, Miguel Prudêncio, apresentou uma nova vacina para a malária, que o próprio está a desenvolver. Segundo o investigador, a doença é de erradicação prioritária, faltando um longo percurso para que o seu método seja concluído. Já em relação ao encontro nacional na Covilhã, Prudêncio refere a importância de dar a conhecer as investigações feitas noutros locais do país. Da mesma forma, mostra-se impressionado com as instalações da UBI, universidade que não conhecia, e com a “boa organização do evento”. Os estudantes olham para este tipo de atividades como um complemento para o currículo, partilhando novas ideias e experiências com alunos de outras instituições do país. Para Ana Margarida, estudante de mestrado em Bioquímica na Universidade Nova de Lisboa, esta foi uma oportunidade para conhecer a “cidade neve”. Habituada a estas andanças, já que esteve presente no encontro do ano passado, Ana Margarida nota melhorias na organização, destacando a adição de um dia ao evento e uma “maior diversidade de atividades”. Os alunos assistiram a diversas comunicações ao longo do primeiro dia de trabalhos, com destaque para Hugo Fernandes, que tratou o tema das células estaminais e engenharia de tecidos, com incidência para as ruturas de ligamentos. O investigador da Universidade de Coimbra é um nome recorrente neste tipo de eventos. Ao longo dos coffee breaks, foram apresentados posters com temáticas científicas. Os alunos tiveram ainda oportunidade de participar em programas sociais. |
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