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Associação estimula jovens a serem solidários
Adriana Gonçalves · quarta, 28 de mar?o de 2018 · A I Semana Solidária organizada na Covilhã pela Associação de Jovens para a Ação Solidária (AJAS) decorreu entre os dias 19 e 23 de março. Diversas atividades foram promovidas em parceria com a Associação Académica da UBI. |
Jovens fazem diversas atividades com os residentes da Santa Casa da Misericórdia. |
22003 visitas A iniciativa já existe há alguns anos e o que começou por ser apenas uma Semana de Integração Solidária durante o período de receção aos novos alunos estendeu-se agora a mais uma semana durante o ano letivo. O objetivo é dar a conhecer aos estudantes da UBI as diversas possibilidades que têm para integrarem instituições de cariz solidário na cidade da Covilhã. A Refood, organização que combate o desperdício alimentar, e a Santa Casa da Misericórdia foram duas das sete instituições que contaram com a colaboração dos jovens voluntários. “Iniciámos esta semana com diversas atividades no ramo do voluntariado, seja na Refood, com o armazenamento e distribuição de comida, seja em lares e em infantários, com momentos de animação, de forma a dar a conhecer variadas áreas”, explica Diana Alves, colaboradora da AJAS. O projeto, destinado a todos os estudantes da academia, pretende proporcionar momentos de partilha e entreajuda, de natureza lúdica e social, entre os jovens e a comunidade covilhanense. “O mais importante é nós conseguirmos alertar os jovens para os problemas da região e do país e motivá-los para o voluntariado”, revela Adélia Mineiro, voluntária na Refood desde a sua inauguração na Covilhã. A Refood apoia essencialmente famílias carenciadas, de diversas faixas etárias e com múltiplas dificuldades. Na instituição solidária, situada no centro da cidade, a ajuda dos estudantes veio dar um contributo importante, uma vez que os voluntários assíduos são escassos e os alimentos precisam de ser separados consoante as necessidades de cada família. Joana Formigo é aluna de Medicina e voluntária na Semana Solidária. Abraçou este projeto, dando o seu contributo no centro de operações da Refood. “É uma iniciativa muito importante para nós, estudantes, porque não faz sentido estarmos aqui a estudar e não apoiarmos a comunidade envolvente”, defende Joana. “Esta é uma partilha importante, que nos torna melhores pessoas. Deve-se começar por sensibilizar as camadas mais jovens, porque são elas que vão dar continuidade a estes projetos”, afirma a estudante. No outro lado da cidade, perto do Calvário, também a chegada dos voluntários foi vista de bom grado pelos residentes do lar da Santa Casa da Misericórdia. Os ubianos vieram proporcionar momentos de animação e de convívio à população mais envelhecida. Entre trabalhos de bordado e costura, os jovens deram a sua ajuda na decoração de cenários para uma peça de teatro preparada pelos idosos. Houve ainda tempo para atividades da vida quotidiana, como pintar as unhas, momento em que se proporcionou o diálogo e a partilha de experiências. Maria de Lurdes, residente no lar, diz gostar deste carinho dos mais novos. “É um dia diferente. Estamos mais entretidos e animados”, diz enquanto está sentada à mesa do atelier de costura. Hugo Andrade, animador na Santa Casa da Misericórdia há largos anos, explica que é importante que os residentes da instituição tenham contacto com o exterior e com os mais novos. “Estes convívios entre gerações fazem muito bem tanto a um grupo como a outro. Portanto, o balanço é muito positivo”, defende Hugo Andrade. “A experiência foi muito enriquecedora e gratificante, porque as pessoas se sentem mesmo felizes com a nossa presença”, resume Mariana Pereira, aluna do segundo ano de Medicina. “No fundo, pequenos gestos como vir aqui durante uma hora ou duas fazem toda a diferença na vida destas pessoas”, acrescenta a voluntária. No final da semana, o sentimento de realização pessoal é comum a todos os voluntários que participaram no projeto. O desejo das instituições envolvidas é que a Semana Solidária continue a motivar jovens para o voluntariado, que se quer mais assíduo e não apenas pontual. “É uma iniciativa louvável”, considera Francisco Duarte, outro dos voluntários. “Não custa nada ajudar hoje para um dia mais tarde também sermos ajudados. Hoje por eles, amanhã por nós”, conclui o jovem. |
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