A exposição, organizada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis da UBI em parceria com o Museu dos Lanifícios, tem como objetivo expor os trabalhos de alunos do segundo e terceiro anos da licenciatura em Design de Moda.

Os projetos expostos foram realizados ao longo do primeiro semestre, nas unidades curriculares de Design de Sportswear, Laboratório de Modelagem e Confeção III e Laboratório de Têxteis Criativos.

Madalena Pereira, diretora da Licenciatura de Design de Moda, afirma que este tipo de exposições tem muita importância na área do Design porque é o reconhecimento final de todo o trabalho realizado. “O culminar de um trabalho de um designer acontece após o autor ter o seu trabalho desenvolvido e exposto. Esse reconhecimento é o feedback de todas as áreas, desde o consumidor até ao especialista, de forma a saber se está na direção certa ou se tem de reajustar todos os trabalhos e processos criativos”, revela a diretora do curso.

Liliana Ribeiro, docente da disciplina Laboratório de Têxteis Criativos, conta que é impossível expor os trabalhos de todos os alunos. “Por ano, nós temos tido cerca de 60 alunos. Ou seja, independentemente de haver mais qualidade ou menos qualidade, é complicado trazer para a exposição a totalidade dos trabalhos. Na disciplina de têxteis criativos, que leciono, tentei selecionar trabalhos que usassem técnicas diferentes”, explica a professora.

Alexandra Pinto e Jéssica Leão, alunas do terceiro ano do curso de Design de Moda, são autoras de dois trabalhos expostos.

O trabalho de Alexandra Pinto tem como base o ruído da cidade e a arte urbana. Para proceder à realização do projeto, a estudante recorreu a diversas técnicas aprendidas nas unidades curriculares. “Utilizei a tecelagem, utilizei também uma técnica que fiz em casa com farinha e água, criando uma pasta rugosa e dura quando seca, utilizei também a feltragem e também fiz tingimento natural com açafrão e pintei por cima com tinta acrílica”, conta Alexandra.

Já o projeto de Jéssica Leão tem como ideia principal a água. “A ideia surgiu através da dança, introduzir movimento. Fizemos um Mind Map e começamos a procurar palavras relacionadas indiretamente com o assunto e acabámos por chegar ao tema principal, a água. A partir daí fui buscar a ideia do movimento da água, as bolhas e acabei por tentar traduzir nos próprios têxteis o movimento”, revela.

A aluna comentou como se sentia ao ver o seu projeto exposto, considerando que a exposição é uma forma de alento para trabalhos posteriores. “Sinto-me orgulhosa. Não fazemos as coisas para sermos selecionados ou escolhidos, fazemos porque gostamos, mas sabe bem ver o nosso trabalho exposto. Dá-nos mais força para continuar”, afirma Jéssica.

A exposição encontra-se na galeria da Real Fábrica dos Panos, até dia 22 de abril.